sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Inacreditável

Assim foi o empate de ontem entre Vasco e Coritiba. O decepcionante resultado manteve o Gigante da Colina na 3ª colocação, a 4 do líder Atlético-MG. Por dois minutos o time teve a vitória nas mãos, até que aos 44, Éverton Ribeiro empatou para o Coxa. No próximo domingo, o desafio cruzmaltino é contra o arquirrival Flamengo, no Engenhão.

Ciente da necessidade de criar alternativas de ataque, Cristóvão escalou Felipe no meio-campo e William Barbio no ataque, deixando Carlos Alberto na reserva. E se o time já tem a lentidão por característica, ontem isso ficou mais nítido do que nunca. Jogadores estáticos, passes forçados e que não chegavam a lugar nenhum, irritando a torcida.

Em uma das tentativas frustradas de ataque, o time cedeu espaço para o contra-ataque rival, que Júnior Urso definiu com perfeição, abrindo o placar. Vendo seu time sequer chegar perto do gol adversário, a torcida começou a cobrar, especialmente de William Barbio, que errou tudo e mais um pouco. O único mérito do jovem Cabeleira ontem foi não ter se omitido, chamando o jogo mesmo após os erros, enquanto muita gente se omitia.

No intervalo, ele acabou corretamente substituído por Carlos Alberto, que logo em seu primeiro lance deu assistência para Felipe marcar. Foi o único acerto do Maestro na noite. Méritos também a Fabrício, que iniciou a jogada com garra. Com mais de 40 minutos a jogar, havia tempo de sobra para a virada.

Era aproveitar o bom momento e chegar logo ao segundo gol. As chances até vieram, mas não balançamos as redes. O Coxa também não criou muito e o jogo foi morno até os 40 minutos. Aí sim, veio a loucura...Forçando os cruzamentos na área, o Vasco virou com Wendel, em lance todo atrapalhado. A torcida festejava e muitos não viram o empate paranaense, em belo chute do ótimo Éverton Ribeiro.

O empate em casa contra um adversário que luta contra o rebaixamento frustra a torcida, que começa a desconfiar das chances do time brigar pelo título. Mais do que a frieza dos placares, temos que analisar as razões para eles.

A começar pela cada vez mais clara fraqueza ofensiva. Ontem nossa criação dependia de Felipe e William Barbio, enquanto a do Coxa estava nos pés de Rafinha e Éverton Ribeiro. Lógico que o Maestro tem uma história mais rica que a dos jovens paranaenses, mas hoje ele não consegue criar nada e muito menos dar ritmo ao meio-campo. Sobra Juninho, correndo por todos e muitas vezes excessivamente recuado, ameaçando apenas nas bolas paradas.

No banco, Carlos Alberto e, e, e...Pipico. Preciso falar mais? Se ontem utilizamos nosso quinto zagueiro e ele fez um bom trabalho, no meio-campo e ataque a situação é desesperadora. Não há elenco nessa faixa de campo. Outro problema é a distribuição e movimentação. Não é coincidência que o pior em campo sempre é quem joga como segundo atacante, seja este Éder Luís ou Barbio.

Os caras recebem as piores bolas e têm que se virar para furar a defesa rival e ainda tentar dar a assistência. Começamos a sentir a falta de Fágner e Diego Souza, que garantiam ótimas opções há um elenco pequeno. Se joga o 11 titular, conseguimos ir bem, mas com um ou outro desfalque, o treinador já é obrigado a inventar, por pura falta de jogadores. Ontem Marcelo Oliveira dispunha de Lincoln no banco. E Cristóvão?

Hoje, seguimos tendo muitas chances de brigar pelo título. Mas com janela internacional fechada e a diretoria não se propondo a investir, teremos que pedir aos Céus que Juninho, Carlos Alberto, Tenório e até Éder Luís nunca se machuquem.

Força Vascão!

Charge: Beto_Gomes


Sds vascaínas a todos!

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