segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Não basta querer fazer, tem que saber como fazer

Pela penúltima rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Vasco foi derrotado pelo Flamengo por 1x0. O revés aumentou o jejum vascaíno de vitórias para três partidas, com o time estacionando na terceira posição, vendo o líder Atlético-MG abrir vantagem. No próximo fim de semana o desafio é contra o Fluminense, também no Engenhão.

Em entrevista após a partida, Dedé disse que "jogamos um bolão". Sim, o Vasco foi melhor do que o Flamengo. Natural, porque hoje o nosso time é bem melhor do que o deles. Só que no futebol ser melhor nunca foi e nunca vai ser garantia de vitória. A única coisa que interessa é bola na rede e hoje somos um time quase que inofensivo ao adversário, seja ele qual for.

No ano passado, eu escrevia aqui que éramos um time consistente e competitivo. Não goleávamos ninguém, mas também raramente perdíamos feio, tanto que brigamos por todos os títulos desde o início de 2011. Os mais críticos diziam que só tínhamos a manjada dobradinha entre Fágner e Éder Luís pelo lado direito.

Outro problema era a posição de centroavante. Alecsandro e Élton sempre foram contestados, se revezando no posto. Ficou apenas o primeiro, que por mais gols que faça, não escapa das críticas, justas na maioria das vezes. Só que sempre havia alguém ali para compensar. Apagado na maioria dos jogos, Diego Souza tinha lá seus lampejos e não raro deixava gols nas redes adversárias. E agora?

Felipe e Carlos Alberto não sabem fazer gols. Wendel idem. Alecsandro é o único atacante do mundo que não tem força para chutar. Ah, o Éder Luís também, mas esse ao menos corre e abre espaços. A jogada pela lateral direita não existe mais, por melhor que seja Auremir na marcação. O que sobra?

A bola parada de Juninho. Ficamos ali rodando a área adversária à espera de uma falta para cruzar a bola na área. É pouco para quem quer lutar pelo título. Para piorar, o elenco é curto. Nosso banco de reservas é de chorar e não dá para tampar o sol com a peneira.

Quem não leva perigo ao adversário, tem duas chances: empatar ou perder. E num vacilo do nosso goleiro, sofremos o gol. Culpa dele? Também. Mas poderíamos ter virado, se tivéssemos futebol pra isso, o que hoje não temos.

Como não há nenhuma chance de contratarmos jogadores que mudem o estilo de jogo, a solução hoje passa por promover alguns meias da base que ao menos dêem alternativas ofensivas ao treinador. Ou então ser aquele time vibrante de 2011, que vencia jogos que nem mesmo nós acreditávamos, mais no coração do que na técnica.

Do contrário, é briga pelo G4 e olhe lá.

Força Vascão!

Charge: Beto_Gomes


Sds vascaínas a todos!

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