Jogo em casa contra o lanterna, promoção de ingressos e casa cheia. Cenário perfeito para uma noite de brilho de meias e atacantes. Não para o Vasco, na partida de ontem contra o Atlético-GO. O gol da vitória foi contra e os três pontos só vieram graças a intervenções salvadoras de Dedé e principalmente Fernando Prass. O placar colocou o Gigante da Colina na segunda colocação, a dois pontos do líder Atlético-MG.
Mais uma vez o time teve atuações muito distintas nos dois tempos. No primeiro, foi soberano, com Juninho comandando as ações no meio-campo e Felipe, mais recuado, dando qualidade ao passe. No ataque, William Barbio seguiu a rotina de errar o último lance, mas deu um calor nos adversários e foi importante na movimentação ofensiva. O gol, apesar de oriundo de um lance de sorte, fez justiça ao bom desempenho vascaíno. Todavia, o último lance, ótima defesa de Fernando Prass em chute de Marcos, era um prenúncio do que seria a segunda etapa.
O time goiano veio pra cima e o Vasco aceitou a pressão. O empate só não veio graças a duas bolas na trave e intervenções salvadoras de Dedé (se atirando em frente à bola) e principalmente Fernando Prass, com grandes defesas. A melhor delas, no último minuto, foi um verdadeiro milagre. Apesar do resultado positivo, a torcida vaiou a equipe após o apito final.
Não haveria problema nenhum em chegar aqui e dizer que o Vasco jogou um futebol burocrático e venceu por 1x0 em lance de bola parada. O futebol, infelizmente, tem sido assim nos últimos tempos e exemplos não faltam. Os dois últimos campeões brasileiros não jogavam um futebol nada agradável, bem como o Chelsea, vencedor da Uefa Champions League. A combinação entre bom futebol e títulos tem se restringido a Barcelona e seleção espanhola.
O problema é: não se pode passar tanto sufoco com uma equipe de péssima qualidade quanto o Dragão goiano. Não adianta ter o melhor zagueiro do Brasil se à frente dele, não há organização e combate do meio-campo. A continuar nesse ritmo, faltarão apelidos para descrever Dedé. Pior ainda é depender da trave. Foram 5 bolas nas balizas de Prass no somatório dos jogos contra Ponte Preta e Atlético-GO.
Ontem vi um rapaz chamando Cristóvão de retranqueiro. Ontem, o problema foi justamente o inverso. Por falta de peças, o treinador teve que optar por uma escalação com apenas Nilton com característica de marcação e o time dependeu de recuo excessivo de meias e atacantes. Virou um verdadeiro bando, o que não pode acontecer se quisermos de fato brigar pelo título.
Encher o time de jogadores de ataque não é ser ofensivo. Time bom é time organizado, que leva poucos sustos e tem força para ameaçar o adversário. É hora de reorganizar o meio-campo e incluir sim jogadores de marcação, goste a torcida ou não.
Ontem vimos William Barbio e Alecsandro voltando demais e o ataque vazio na segunda etapa. Atacante tem que estar lá pra fazer gol e não voltar até sua área pra marcar. Cada jogador tem sua função e o time tem que estar organizado a ponto de cada um cumpri-la sem prejuízo da coletividade. Obviamente, um zagueiro pode marcar gol, da mesma forma que um atacante pode roubar bolas. Porém isso tem que ser esporádico e não costumeiro, como tem sido nas últimas partidas.
Mais uma vez, vamos comemorar mais três pontos e a boa atuação de nossa Muralha, calando a boca de alguns que insistem em criticá-lo. Por outro lado, temos o dever de nos prepararmos para as próximas rodadas, que serão ainda mais difíceis.
Força Vascão!
Charge: Beto_Gomes
Por: Diego_Louzada
Sds vascaínas a todos!
Um comentário:
Com toda turbulência nos bastidores de São Januário, Eu acredito no Vasco! Precisamos ter paciência pela pronta recuperação do Demolidor Tenório!
Seja bem vindo Auremir!
Seja bem vindo Jonas!
Que o nosso treineiro cale a nossa boca e consiga desenvolver a \"habilidade\" de Nilton, Eduardo Costa, Carlos Alberto e Pipico!
SANGUE NOS OLHOS E DETERMINAÇÃO!!!
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