segunda-feira, 16 de julho de 2012

Vitória graças às muralhas

Jogo em casa contra o lanterna, promoção de ingressos e casa cheia. Cenário perfeito para uma noite de brilho de meias e atacantes. Não para o Vasco, na partida de ontem contra o Atlético-GO. O gol da vitória foi contra e os três pontos só vieram graças a intervenções salvadoras de Dedé e principalmente Fernando Prass. O placar colocou o Gigante da Colina na segunda colocação, a dois pontos do líder Atlético-MG.

Mais uma vez o time teve atuações muito distintas nos dois tempos. No primeiro, foi soberano, com Juninho comandando as ações no meio-campo e Felipe, mais recuado, dando qualidade ao passe. No ataque, William Barbio seguiu a rotina de errar o último lance, mas deu um calor nos adversários e foi importante na movimentação ofensiva. O gol, apesar de oriundo de um lance de sorte, fez justiça ao bom desempenho vascaíno. Todavia, o último lance, ótima defesa de Fernando Prass em chute de Marcos, era um prenúncio do que seria a segunda etapa.

O time goiano veio pra cima e o Vasco aceitou a pressão. O empate só não veio graças a duas bolas na trave e intervenções salvadoras de Dedé (se atirando em frente à bola) e principalmente Fernando Prass, com grandes defesas. A melhor delas, no último minuto, foi um verdadeiro milagre. Apesar do resultado positivo, a torcida vaiou a equipe após o apito final.

Não haveria problema nenhum em chegar aqui e dizer que o Vasco jogou um futebol burocrático e venceu por 1x0 em lance de bola parada. O futebol, infelizmente, tem sido assim nos últimos tempos e exemplos não faltam. Os dois últimos campeões brasileiros não jogavam um futebol nada agradável, bem como o Chelsea, vencedor da Uefa Champions League. A combinação entre bom futebol e títulos tem se restringido a Barcelona e seleção espanhola.

O problema é: não se pode passar tanto sufoco com uma equipe de péssima qualidade quanto o Dragão goiano. Não adianta ter o melhor zagueiro do Brasil se à frente dele, não há organização e combate do meio-campo. A continuar nesse ritmo, faltarão apelidos para descrever Dedé. Pior ainda é depender da trave. Foram 5 bolas nas balizas de Prass no somatório dos jogos contra Ponte Preta e Atlético-GO.

Ontem vi um rapaz chamando Cristóvão de retranqueiro. Ontem, o problema foi justamente o inverso. Por falta de peças, o treinador teve que optar por uma escalação com apenas Nilton com característica de marcação e o time dependeu de recuo excessivo de meias e atacantes. Virou um verdadeiro bando, o que não pode acontecer se quisermos de fato brigar pelo título.

Encher o time de jogadores de ataque não é ser ofensivo. Time bom é time organizado, que leva poucos sustos e tem força para ameaçar o adversário. É hora de reorganizar o meio-campo e incluir sim jogadores de marcação, goste a torcida ou não.

Ontem vimos William Barbio e Alecsandro voltando demais e o ataque vazio na segunda etapa. Atacante tem que estar lá pra fazer gol e não voltar até sua área pra marcar. Cada jogador tem sua função e o time tem que estar organizado a ponto de cada um cumpri-la sem prejuízo da coletividade. Obviamente, um zagueiro pode marcar gol, da mesma forma que um atacante pode roubar bolas. Porém isso tem que ser esporádico e não costumeiro, como tem sido nas últimas partidas.

Mais uma vez, vamos comemorar mais três pontos e a boa atuação de nossa Muralha, calando a boca de alguns que insistem em criticá-lo. Por outro lado, temos o dever de nos prepararmos para as próximas rodadas, que serão ainda mais difíceis.

Força Vascão!

Charge: Beto_Gomes


Sds vascaínas a todos!

Um comentário:

Patrick Araújo disse...

Com toda turbulência nos bastidores de São Januário, Eu acredito no Vasco! Precisamos ter paciência pela pronta recuperação do Demolidor Tenório!

Seja bem vindo Auremir!

Seja bem vindo Jonas!

Que o nosso treineiro cale a nossa boca e consiga desenvolver a \"habilidade\" de Nilton, Eduardo Costa, Carlos Alberto e Pipico!

SANGUE NOS OLHOS E DETERMINAÇÃO!!!