Uma longa história de amor e idolatria que vem desde a década de 90. Porém para quem olha, parece que o tempo não passou. A genialidade de nossa Majestade parece ser como um vinho, que melhora com o passar dos anos. Ontem a camisa não foi a tradicional 8, mas a 350, em homenagem à quantidade de jogos que o craque comemorava. Entretanto, os presenteados foram todos que tiveram o prazer de assistir à vitória vascaína sobre o São Paulo. Uma aula de todos os fundamentos do futebol, executados com perfeição por uma lenda viva, chamada Juninho Pernambucano.Faltou o gol, mas como diz um consagrado treinador, no futebol isso é um detalhe. O tento da vitória foi marcado por Fágner em uma bola defensável para Dênis, que parecia focado apenas em defender os arremates do Reizinho. O 1x0 foi lucro para o tricolor paulista que assistiu a uma atuação exemplar do Gigante da Colina. Se algumas vezes vencemos e fica a sensação de injustiça, ontem o injusto foi não termos saído do Morumbi com uma goleada.
Não cabe porém atribuir o placar somente a um jogador. Todos estiveram muito bem, desde Fernando Prass até os que entraram no segundo tempo. A zaga esteve segura e deu pouco espaço ao São Paulo. O meio, compacto, teve no estreante Wendell uma agradável surpresa, com ótimo desempenho. Ao atacar, o time foi paciente, soube tocar a bola e encontrar as melhores jogadas. Até o afobado William Barbio soube pôr a bola no chão e trabalhá-la, tendo sua melhor atuação pelo Clube.
Como dito ontem, o Vasco joga bem melhor contra times que se dispõem a jogar futebol. Até escrevi no Twitter que o jogo de ontem era fácil. Difícil será o de sábado, contra o Santos em casa. Trocar passes na casa do rival mostra domínio sobre ele e foi o que fizemos ontem. Os espaços apareceram naturalmente, fruto da movimentação constante que criou buracos na defesa tricolor.
Mais uma vez o time mostrou maturidade e imensa aplicação tática. E quem tanto critica, tem de também elogiar as decisões de Cristóvão Borges, que mostrou-se muito superior ao badalado Ney Franco. Vaias, críticas, pressão, nada diminuiu a confiança do time no seu futebol. Esse grupo parece estar sempre na mesma, sem dar bola para o que vem de fora.
Não quer dizer que jogaremos sempre bem. Mesmo com tanta superioridade, a vantagem foi de apenas um gol e em breve teremos atuações não tão boas. Porém, não tenho nenhuma dúvida de que vamos brigar pelo título até a última rodada, como no ano passado.
Cabe agora à torcida, se conscientizar do excelente time para o qual torce e apoiar. Será muito mais simples vencermos no sábado se tocarmos a bola e usarmos de movimentação ao invés de partirmos como loucos para o ataque, gerando espaços para o Peixe.
Competitivo, maduro, inteligente e brilhante pelos pés de o ídolo máximo Juninho, o Gigante segue cada vez mais firme. Vibre, curta e aproveite cada momento mágico que nosso Rei nos proporciona, pois infelizmente não teremos mais 350 jogos para fazê-lo.
Força Vascão!
Charge: Beto_Gomes
Por: Diego_Louzada
Sds vascaínas a todos!
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