quinta-feira, 26 de julho de 2012

Rei só existe um

Em tempo de Olimpíadas, o mundo volta seus olhos para a Inglaterra, onde a monarquia é o sistema de governo há alguns séculos. Todo o mundo, menos os vascaínos, que não precisam olhar para o outro lado do oceano para perceber que a democracia não está com nada. Felizes mesmo são aqueles que tem um Rei para reverenciar e agradecer por tantos serviços prestados ao seu povo. A noite desta quarta-feira reservou mais uma oportunidade de os súditos reverenciarem àquele que torna nossas idas aos estádios cada vez mais prazerosas. Com um inédito passe sentado, Juninho deu o seu toque de Midas, transformando em vitória um clássico que se encaminhava para o empate sem gols.

A jogada de gênio do nosso camisa 8 fez justiça a mais uma grande atuação cruzmaltina, sem sustos na defesa e levando perigo constante ao adversário. O gol único foi marcado aos 41 da segunda etapa, mas poderia ter sido bem antes, haja vista a quantidade de chances criadas pelo Gigante da Colina. Teve até pênalti claro não marcado sobre Carlos Alberto. Porém, não cabe reclamar. Foi gostoso do jeito que foi, sem mudar nada no roteiro, que teve como ápice a homenagem emocionante da torcida ao seu craque maior.

Os primeiros minutos reservaram para os presentes ao Engenhão os únicos sustos propiciados pelo ataque do Glorioso. A blitz lembrou a final da Taça Rio, quando logo no começo o Alvinegro abriu o placar. Não demorou para o cenário mudar. Alecsandro obrigou Jefferson a fazer milagre e Carlos Alberto só foi parado pela trave, em grande jogada individual.

Fernando Prass era mero espectador de uma grande atuação de sua equipe, que não teve competência para colocar a bola na rede, o que sempre é perigoso. O 0x0 do intervalo era lucro para o Botafogo, que teria condição de se reorganizar.

E foi o que aconteceu. O jogo se tornou mais equilibrado na segunda etapa, com o Alvinegro tentando mais o ataque, com Seedorf armando bem as jogadas. Mais uma vez a zaga vascaína se mostrou sólida, chegando ao seu 4º jogo consecutivo sem sofrer gols.

Cristóvão viu a necessidade de mexer e sacou Carlos Alberto para entrada de Felipe. A torcida reclamou, querendo a saída Éder Luís, que atuou muito mal. Logo o treinador a efetuou, entrando com William Barbio, que teve participação no lance do gol.

O jogo ganhou em movimentação e o Vasco teve grande chance em jogada de Auremir. O gol acabou saindo somente aos 41, em lance que teve a participação dos dois jogadores que entraram minutos antes.

Felipe tocou para Barbio, que lançou Juninho. O camisa 8 brigou com o zagueiro e mesmo caído, rolou para Alecsandro estufar as redes de Jefferson. Explosão de alegria no estádio Olímpico, que ficou pequeno para tanta empolgação.

O gol tardio mostrou mais uma face desse Vasco tão vencedor. Saber vencer mesmo quando não é superior. Fomos melhores durante todo o primeiro tempo, mas acabamos chegando ao gol em um momento de equilíbrio, onde a paciência, a experiência e a doação do time acabaram fazendo a diferença entre vencedor e vencido.

A cada dia essa equipe se mostra mais firme no caminho pelo título brasileiro. Já até avisei a minha linda Marina, que com dois anos de idade ela verá seu time ser campeão brasileiro, tal qual este pai babão em 1989.

Valeu Vascão!

Charge: Beto_Gomes


Sds vascaínas a todos!

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