quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Seguir em frente, sem desanimar

Em seu retorno à Copa Libertadores após 11 anos de ausência, o Vasco foi derrotado dentro de casa pelo Nacional pelo placar de 2x1. Jogando muito mal, o Gigante da Colina sucumbiu à boa atuação do campeão uruguaio e frustrou a torcida que lotou São Januário. A próxima partida será apenas em março, contra o Alianza, novamente no Caldeirão.

Com os desfalques de Fágner, Allan e Eder Luís, o Vasco perdeu seus principais jogadores de velocidade. A categoria de Felipe e Juninho se mostrou insuficiente desde o primeiro minuto, haja visto a ótima marcação uruguaia. As poucas jogadas de qualidade apareciam quando Diego Souza chamava a responsabilidade ou quando Thiago Feltri subia, porém sempre sem ter com quem tabelar.

Com a passagem do tempo, mostrou-se a faceta babaca da torcida do Vasco. Como se fôssemos o Barcelona jogando contra o Íbis, vaiavam e pegavam no pé de alguns jogadores, principalmente do jovem Max, que fazia partida mediana. O gol do Nacional aos 29 minutos fez justiça à equipe que praticava o melhor futebol na primeira etapa.

Já sem Max e com o fraquíssimo Fellipe Bastos improvisado na direita, o Vasco sofreu o segundo gol logo no primeiro minuto do segundo tempo, após saída errada de Rodolfo e cabeçada do veloz Sanchéz. Enquanto alguns apoiavam em busca da virada, os manés de sempre voltavam suas cargas, agora para todo o time e comissão técnica.

Nervosa em campo, a equipe passou a errar tudo e por sorte não sofreu mais gols nos minutos seguintes. A sorte começou a virar quando Tenorio entrou em lugar de Felipe, de atuação péssima, errando tudo que tentava. Deu nojo fazer parte de uma torcida que vaiou o jogador com mais títulos em toda nossa história. Quem fez isso, rasgue sua camisa e desapareça de São Januário para sempre.

Na base do abafa, chegamos ao gol aos 28 minutos, com Alecsandro. Mesmo enquanto pressionou, o Vasco não foi melhor que o Nacional, que levava perigo nos contra ataques. Os seguidos ataques atabalhoados quase deram resultado aos 45, quando Tenorio, de cabeça empatou. Porém o equatoriano, que jogou bem, estava impedido.
Fim de jogo em São Januário e reestréia com derrota na Libertadores. Ainda faltam 5 jogos nesta primeira fase e muita coisa ainda vai acontecer. O jogo de ontem deve servir de lição para que possamos jogar melhor nos próximos jogos e buscar a vaga, ainda muito provável.

* Ontem vi no Twitter alguns torcedores vascaínos de outros estados lamentando por não poderem estar em São Januário em um momento tão importante da retomada do nosso Clube. Enquanto isso, no estádio, alguns que tem o privilégio de morar no Rio, se preocupam mais em encher o saco do que torcer.

Há muitos e muitos anos freqüento estádios assistindo ao Vasco e é impressionante o que acontece em São Januário. Existe uma cambada, infelizmente enorme, que vai às arquibancadas desabafar suas frustrações da vida pessoal e ao invés de colaborarem, atrapalham o time. O cara briga com Deus e o mundo, é um infeliz e no campo grita que "paga o salário" do jogador. Na boa, com o que um torcedor gasta com ingressos, não paga nem os vencimentos do gandula.

Temos no elenco o melhor lateral direito do país e um reserva que sempre dá conta do recado. Ontem precisamos utilizar a 3ª opção e pense em quem é o 3º lateral direito do Real Madrid. Algum craque? Era nosso dever dar moral para o Max, principalmente por ser este o jogo da vida dele, nunca que faria corpo mole. Aí vem a torcida e inferniza o moleque, que se esforçava e jogava na média da equipe, melhor até que alguns medalhões.

Críticas e cobranças são normais, vão acontecer enquanto existir o esporte. Mas por quê não incentivar na mesma proporção? A torcida foi MUDA, não incorporou o espírito de uma competição duríssima que não disputávamos a onze longos anos. Jogamos contra um Gigante das Américas, que vem disputando Libertadores a 16 anos seguidos.

Felipe jogou mal demais. Péssimo, lento, sem criatividade e ele é o primeiro a saber disso. Daí a vaiar um dos maiores ídolos da história vai uma longa distância. Jogadores-símbolo como o Maestro temos a obrigação de aplaudir até passe errado.

Quanto às vaias e ofensas de burro ao treinador Cristóvão Borges, não vi tantos erros. Dos 25 inscritos, 3 estavam lesionados e um suspenso, então ele deixou de fora do banco o goleiro Diogo Silva, o zagueiro Douglas e o meia Abelairas, ainda fora de forma. A escalação foi a mesma que 99% dos torcedores colocaria em campo.

Sobre a entrada de Bernardo, vejo hoje o Xodó como um jogador sem posição, no modo que o time joga. Não rende bem aberto pelos lados e ainda teria o problema do temperamento, em um jogo que estava muito pegado. Se ele entra e é expulso, isso faria do Cristóvão um gênio?

Quem quiser jogar junto com o time será sempre bem-vindo em São Januário. Cobrar com consciência é e sempre será válido. Porém, se vaias e xingamentos ajudassem, não teríamos sido rebaixados em 2008 e o Jorge Luiz seria um Dedé.

TODOS somos Vasco! Diretoria, comissão técnica, jogadores e torcida, UNIDOS, fazem um VASCO ainda mais forte!

Charge: Beto_Gomes


Sds vascaínas a todos!

2 comentários:

Ângelo Marques disse...

Cara gostei do seu texto, só não concordo quando você escreveu que o treinador não cometeu tantos erros.

Desde o ano passado eu já achava que Cristóvão não tem condições de ser treinador do Vasco. Credito a ele boa parte da culpa por não termos levado o Brasileirão do ano passado( a outra parte é do cretino do Péricles Bassols).

Na partida de ontem, acho que ele não devia ter tirado Max, muito menos pra colocar Felipe Bastos. Acho que o mais certo seria ter tirado Alecsandro (mesmo ele tendo feito o gol depois) e colocado Bernardo na frente junto de Diego Souza, afinal estávamos precisando de velocidade. Por mais que Felipe não estivesse num dia bom, um jogador como ele não pode ser dispensado.

Vendo o time tenha jogar daquele jeito, uma coisa é certa: Cristóvão Borges não pode mais ser trienador do Vasco.

Anônimo disse...

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