Aí em cima vocês foram bem, quero ver aqui embaixo!

Na primeira partida das oitavas de final da Copa Sul-Americana, o Vasco visitou o Aurora e saiu de Cochabamba com uma derrota por 3x1. Após abrir o placar no primeiro tempo, o Gigante da Colina sofreu a virada e agora precisa vencer por dois ou mais gols de diferença para avançar às quartas de final.

Na teoria, encarar um time boliviano não seria nada complicado para o líder do Brasileirão. Na verdade, apesar de alguns bons valores, o Aurora é mesmo um time muito comum, do nível de alguns do nosso Campeonato Carioca. Porém futebol não é assim tão simples e com tantos jogadores sem nenhum ritmo de jogo, o Vasco até teve alguns bons momentos, mas não manteve o ritmo e sofreu com o fraco time adversário.

Tente se lembrar das últimas atuações de Nilton, Douglas, Jonathan e Patric antes da partida de ontem. Difícil, quase impossível. E quanto tempo faz que jogadores como Julinho, Diego Rosa e Leandro não atuavam uma partida inteira? Muitos, muitos meses. Então, mais do que dizer que fulano ou ciclano atuou mal, é preciso dizer que o Vasco foi com o que tinha à disposição, um autêntico cata-cata de pelada de fim de semana, enquanto o Aurora fez a partida mais importante de sua história.

O primeiro tempo foi de domínio vascaíno. Apesar do gol vir em um ato patético do goleiro adversário, conseguimos penetrar bem na área adversária e criar bons lances. Susto apenas em uma cobrança de falta do talentoso camisa 10 Sanjurjo. Patric buscava jogo, se esforçava, apesar da nítida falta de talento. E mesmo sendo um time reserva, a concentração pelo lado direito se repetiu, com jogadas entre Fágner e Jonathan.

Para a segunda etapa, seria necessário segurar a pressão e fazer o tempo passar, já que o cansaço oriundo da altitude certamente recairia sobre o time. Tudo começou a ruir com um gol aos 4 minutos, em lance que o atacante pegou na orelha da bola, que saiu toda torta e enganou Fernando Prass.

O susto fez com que o Vasco crescesse no jogo e exigisse muito do goleiro Lanz. Ele, que falhou feio no primeiro tempo, tornou-se então o principal jogador em campo, com grandes defesas. Quando dominávamos amplamente, sofremos o segundo gol, após lançamento longo para a área e erro duplo da zaga Douglas e Nilton.

A virada não mudou o cenário, com Lanz salvando o Aurora e nossa zaga dando sustos. Mesmo com a expulsão de Villalba, os bolivianos chegaram ao terceiro gol, em nova falha de Nilton. Não cabe aqui crucificar o camisa 6, que não é zagueiro e não jogava há mais de um ano, tendo ainda a altitude a prejudicá-lo.

O Estádio Municipal Felix Caprilles foi tomado pela euforia, que fez o time da casa se multiplicar em campo para garantir o bom resultado. Até o dia 26, muitas águas vão rolar e é impossível saber se poderemos ou não usar nossa força total.

A comemorar apenas o fato de ninguém ter se lesionado e o empate do São Paulo pelo Campeonato Brasileiro. De lição, ficou que não podemos contar com os dois zagueiros de ontem para substituir Dedé no domingo, contra o Internacional. Que Cristóvão recue Eduardo Costa e promova Fellipe Bastos ou Diego Rosa a titular no meio-campo.

Força Vascão! Na montanha fraquejamos, mas aqui na praia será nossa vez de vencer.

Charge: Beto_Gomes

Por: Diego_Louzada

Sds vascaínas a todos!