Um campeonato jogado para fora

Neste domingo, pela final da Taça Rio, Vasco e urubu empataram em 0x0. Na decisão por pênaltis, vitória rubro-negra por 3x1, garantindo assim o título estadual. Pelo lado do Vasco, apenas Alecsandro marcou. Bernardo, Fellipe Bastos e Élton chutaram para fora. Assim, segue o tabu de 12 anos sem vitórias em decisões contra o rival. Na próxima quarta-feira, o time vai à Curitiba enfrentar o Atlético-PR pela Copa do Brasil.

Antes de tudo é preciso dizer que o Vasco não perdeu o Estadual ontem. Ontem jogamos o direito de ir à final, o mesmo direito que deixamos escapar na Taça Guanabara, onde perdemos três jogos para pequenos. Nosso 'desespero', contra a calmaria rival, acabou fazendo toda a diferença na hora das penalidades. Além disso, a arbitragem do Sr. Indio, foi conivente com entradas violentas dos rubro-negros, que poderiam ter vários jogadores expulsos, principalmente o violento Ronaldinho.

Como dito no texto da prévia, o psicológico era ponto chave nesta decisão. E contra isso, o Vasco entrou em campo com a faca nos dentes. Time e torcida em uma só sintonia, jogando pra cima e esmagando o rival. Pelo lado direito de nosso ataque, as chances apareciam, porém não eram concluídas com precisão. O rival teve como bom momento apenas os minutos seguintes à parada técnica.

No meio-campo, Rômulo, Fellipe Bastos e Felipe dominavam as ações, além de um gigante Allan na lateral direita, botando Ronaldinho no bolso. Diego Souza e Alecsandro eram apáticos e apenas Eder Luis brilhava dentre os homens de frente. Na linha de defesa, Dedé e Anderson Martins foram bem como sempre, e Fernando Prass mais seguro que de hábito.

Na primeira parte do segundo tempo, o Vasco seguiu buscando o gol, enquanto Luxemburgo tentava reorganizar o Fla. Com as substituições do adversário e o cansaço do Vasco, nosso time diminuiu o domínio em campo. Mesmo sem ser dominado, quase sofremos o gol fatal aos 45, em chute de longe de Thiago Neves.

A impressão foi que os dois times se acomodaram com a possibilidade de pênaltis. Porém se esqueceram de que os penais são uma fábrica de vilões e nem sempre heróis. O Vasco cometeu erro ainda maior, pela pressão já citada no segundo parágrafo.

Alecsandro começou batendo muito bem, mas Bernardo e Fellipe Bastos falharam. Logo eles, os dois melhores chutadores do elenco. Nessa hora, pesou a juventude e o nervosismo. Os dois mudaram suas formas de pegar na bola e sempre que um jogador faz isso, erra. Enquanto isso, no Fla, Renato e Thiago Neves enganaram Prass, mudando a batida em relação ao jogo contra o Flu.

Eles não tinham a pressão do erro, mesmo em caso de derrota, teriam mais dois jogos. Nós não, era ontem ou somente no ano que vem. E agora, só mesmo em 2012, o Estadual desse ano já tem dono.

Que a fábrica de vilões dos pênaltis, não vitime Bernardo, Bastos e Élton. Não podemos esquecer que eles são os mesmos que já nos deram muitas alegrias e foram co-responsáveis pela nossa chegada à esta etapa da Taça Rio.

Apesar do 6º lugar como posição final do Estadual, fica a satisfação pela retomada do prazer da torcida, que ontem cantou durante todo o tempo, calando os rivais. E se hoje não temos a taça, temos um elenco que nos permite confiar em alegrias ainda nessa temporada.

Quarta-feira tem mais, vida que segue e o Vascão também.

Charge: @BetoGomes

Sds vascaínas a todos!