Após as saídas de Zé Roberto e Carlos Alberto, o torcedor vascaíno viu uma considerável melhora do time, mesmo com nomes menos famosos. Os tropeços do início de ano viraram goleadas que empolgaram a torcida. Porém um espaço ainda estava vago. Não no meio-campo ou ataque, onde as peças se encaixaram bem após a chegada de Ricardo Gomes. Mas sim no espaço de ídolo, aquele que vende camisas, que leva o torcedor ao estádio e que alimenta as discussões de bar e a imaginação das crianças. Não à toa a histórica camisa 10 estava sem dono. Estava, não está mais. Diego Souza é o novo dono dela.
No último fim de semana bati um papo com alguns vascaínos enquanto cortava o cabelo. Sim, enquanto mulheres fofocam no salão, homens falam de futebol no barbeiro. Dois dos debatedores achavam que o Vasco fazia mal em contratar Diego Souza. Não por qualquer rejeição ao jogador, mas pelo time estar em boa fase e 'em time que está ganhando não se mexe'. Discordei, mostrando que logo logo algum titular pode estar suspenso ou lesionado e é importante ter um bom grupo. Se o jogador será titular ou não é um problema dele e do treinador, mas o importante é termos à disposição muita qualidade.
Hoje realmente é difícil pensar no time sem Jéferson ou o ídolo Felipe. E daí. A temporada está só no começo e muitas águas vão rolar e o importante é a nau vascaína ter força para a viagem. Ou alguém se esqueceu do sofrimento do ano passado quando perdíamos alguns jogadores por desfalque.
E cá pra nós, não se discute a qualidade de Diego. Pelo porte físico privilegiado (1,86m, mais de 80kg), começou no Fluminense como segundo volante no 3-5-2 de sucesso que Abel Braga implementou em 2005. Logo foi vendido ao Benfica, que o repassou ao flamengo, onde apenas gerou polêmica pela troca entre rivais, mas jogar mesmo, pouco jogou.
De volta ao Clube português, não se firmou e rumou para Porto Alegre como uma aposta gremista para 2007. Deu muito certo e foi peça fundamental no vice campeonato da Libertadores, além de ser eleito 2º melhor meia direita do Brasileirão.
A Traffic então comprou seu passe e o repassou ao Palmeiras onde viveu a melhor fase de sua carreira. Melhor meia direita do Brasil em 2008 e 2009, além de craque do Brasileirão em 2009. Foi convocado por Dunga para a seleção nacional.
No fim do mesmo ano porém, o Verdão perdeu a vaga na Libertadores e Diego foi eleito como um dos culpados. Sem clima no Clube, a situação se tornou insustentável em 2010, com ofensas à torcida. Partiu então para o Atlético-MG, onde em momento algum conseguiu se firmar. Tido como a maior contratação dos últimos anos no time mineiro, decepcionou e vinha ficando no banco de reservas.
Com o desejo de retomar seu espaço no cenário nacional, surgiu então a proposta do Vasco, que pode ser perfeita para os dois lados. O Clube que procura um novo ídolo e o craque que busca recolocar a carreira nos trilhos. Com apenas 25 anos, sobra tempo para isso.
Diego é um meia que não temos no atual elenco. Ao contrário dos atuais titulares, não é um criador de jogadas mas sim as finaliza. Chuta muito bem de qualquer distância e chega de trás para concluir. Não dá tantas assistências, mas marca muitos gols. Jogando o que sabe, tem vaga em qualquer time do país.
Que no Vasco tenha o sucesso que teve em Fluminense, Grêmio e Palmeiras. Assim, nossa 10 estará muito bem representada.
Foram inauguradas nessa semana as novas instalações do vestiário profissional e sala de imprensa. De primeiro mundo, elas não foram custeadas pelo Clube, mas pela AMBEV, em troca da divulgação da marca Brahma.Sem dúvida são um conforto a mais para jogadores e jornalistas e toda obra de melhoria do patrimônio deve ser comemorada. Se falta dinheiro, ao menos temos que usar a força da marca Vasco para conseguirmos essas permutas.
Com o novo espaço, os jogadores terão tudo de melhor à disposição em treinos e jogos e isso eleva a estima e melhora o ambiente no elenco. O vestiário antigo não era ruim, mas esse agora não tem comparação.
Já a sala de imprensa, com tudo de melhor em tecnologia é uma antiga reivindicação daqueles que cobrem o Clube. Quem sabe agora que terão todo o conforto, alguns jornalistas parem de inventar mentiras sobre o Vasco.
Na sexta jogaremos fora de casa contra o Macaé. Caberá aos tricolores no sábado de carnaval, estrear a nova arquibancada de São Januário, com o desenho definido pelos sócios e pintura realizada pela Tintas Iquine, também em permuta.
Que as tricoletes não sujem nosso patrimônio com pó de arroz e maquiagem.
* Obrigado Beto Gomes, por mais duas charges brilhantes.
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Sds vascaínas a todos!
Um comentário:
Fala aeeeee Diegão. Blz ?
Cara, tomara que ele venha com vontade mesmo, por que futebol ele tem.
Abçs e SV.
Carlos Vascaíno.
www.vascaoamoreterno.blogspot.com
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