quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Vascão nota 10

Os 90 minutos de jogo mais as 12 cobranças de pênalti estiveram longe dos animados ritmos que embalam o carnaval brasileiro. Na verdade, eles mais pareciam um tango argentino, tamanha a dramaticidade. Porém, na noite de sábado, coube aos vascaínos a festa da vitória, com a vaga na decisão da Taça Guanabara, no próximo domingo.
"Meu coração vai disparar, sair pela boca, não dá pra segurar, paixão muito louca". Esse trecho da Mocidade Independente descreve bem a emoção da torcida. Eu por exemplo, me joguei em um degrau na arquibancada após o pênalti perdido pelo Fluminense.
Como bom guerreiro, "o Vasco vestiu a fantasia foi à luta". Pelas ruas, milhares de corações em um só pedido: "Oh, Deus Pai, iluminai o novo dia, guiai ao Divino destino".
Ao entrar na "Passarela", os "Segredos" foram desvendados. Carlos Alberto jogaria, enquanto o jovem Bruno Veiga substituiria Maicon. Enquanto o primeiro foi destaque no desfile, o tricolor passou desapercebido.
Não foi uma noite inspirada das comissões de frente. Enquanto Dodô ficava sumido, Fred tremia frente ao experiente jurado Fernando Prass. Os dois times mostravam conjunto, mas deixavam a desejar no quesito fantasia, já que o jogo era bem burocrático.
Com o passar do tempo, aumentava o drama, mas não faltou uma pitada de bom humor. Fred deu um mergulho no gramado, digno de algum folião que passou do ponto na bebida.
"O tempo é uma roda que não pára" e a partida se encaminhou para a decisão por pênaltis, o que também acontecera em 2008. "A gente romeira, valente e festeira seguiu a acreditar", "embarcando em um sonho dourado".
De forma harmônica, Dodô, Fernando, Márcio Careca, Philippe Coutinho, Carlos Alberto e Nilton, cobraram seus pênaltis com categoria e marcaram. Do outro lado porém, também haviam competentes ritmistas que empurravam sua escola. No entanto, ao apagar das luzes, Alan atravessou o samba e chutou na trave.
Com "a fantasia pra lá de suada", estava garantida a apoteose vascaína. Após seis anos, o Clube "volta ao Éden, paraíso de verdade" das finais de turno.
"Chegou o áureo tempo de reviver, a história, o alvorecer, de uma nação guerreira". Domingo, os vascaínos, foliões ou não, têm o compromisso decisivo desta Taça Guanabara.
Será o próximo capítulo de "Uma história de amor, sem ponto final".
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Mais uma vez peço desculpas por um post extremamente atrasado. Enquanto não acertar as coisas da mudança e voltar a ter internet em casa, fim de semana e feriados vão ser dias problemáticos para escrever.
Tentei ser criativo no texto e espero que gostem. Obviamente, houveram alguns exageros, mas dentro do contexto carnavalesco, sei que vocês entenderão.
Agora vem o duríssimo duelo contra o Botafogo. Mas isso é assunto para o próximo texto.
Já curti bastante a vitória, mas deixo aqui meu texto de alegria pela vaga, que é mais um passo na recolocação do Vasco em seu devido lugar.
O Vasco atuou com: Fernando Prass, Élder Granja, Fernando, Titi e Márcio Careca; Nilton, Souza (Rafael Carioca - 19'/2ºT), Léo Gago (Magno - 19'/2ºT) e Carlos Alberto; Philippe Coutinho e Dodô.
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Sds vascaínas a todos!

Um comentário:

Gremista Fanático disse...

Seu texto esta muito bom Diego, parabens, voce conseguiu criar um otimo enredo, nada mais apropriado pra essa epoca de carnaval. O Vasco esta de parabens pela classificação, mas pow, poderia ter sido menos sofrido né não? rsrs, enfim agora é pensar no Fogão e tentar a taça, abraço.

Saudações do Gremista Fanático