Impressões iniciais de 2010

Esse deveria ser o título do post anterior ao jogo contra o Botafogo, mas como disse em outra oportunidade, não consegui tempo para postar a época. Obviamente, apesar do mesmo título, as impressões hoje não são as mesmas de duas semanas atrás.
Nos dois primeiros jogos, o time ainda caminhava para o ajuste. Aliás, o jogo contra o América pouco conta para análise pois o gramado mais parecia uma piscina. Após o clássico, o time subiu muito de produção e fez 13 gols e não sofreu nenhum em três partidas.
No Campeonato Carioca, com os pequenos apenas servindo como sparrings, a obrigação dos grandes é vencer e se classificar para as semifinais. E isso o Vasco vai obtendo com sobras. Surpreende a muitos porém, o bom futebol que a equipe encontrou em tão pouco tempo.
Muito se fala das mudanças que o grupo sofreu. Porém, se olharmos com calma, veremos que não foram tantas. Do time base dos primeiros jogos, apenas quatro jogadores chegaram esse ano: Fernando Prass, Fágner (Martinelli), Fernando, Titi (Gian) e Márcio Careca; Nilton, Souza, Léo Gago e Carlos Alberto (Magno); Coutinho e Dodô.
A principal diferença para 2009 é que o time joga mais solto. Ano passado, era discurso de todos de que o time precisava se preparar para a dura jornada da Série B, onde a força seria tão ou mais necessária que a técnica. O time vencia, mas nem sempre jogando bem. Esse ano, com praticamente as mesmas peças, o time joga bem melhor e o rendimento individual cresceu.
Teoricamente o time joga com três volantes. Porém, os três têm qualidade com a bola nos pés e o time sempre conta com Souza ou Léo Gago colando nos homens de frente, bem como os laterais. Carlos Alberto, antes único responsável pela armação, conta com a ajuda de Coutinho e mais um volante que vira meia quando o time ataca. O Vasco 2010 joga com um único atacante, mas é bem mais ofensivo que o de 2009.
Individualmente, alguns jogadores cresceram muito. Souza, Coutinho e Magno estão mais confiantes e atrevidos em relação ao ano passado. Os dois últimos então, parecem outros jogadores.
Dos estreantes, três ganharam chances imediatas. Márcio Careca cresce a cada jogo e apesar de ainda vacilar em alguns lances, mostra qualidade no apoio ao ataque. Defensivamente ainda não foi testado. Léo Gago começou tímido, mas após o gol contra o Botafogo cresceu e teve grande atuação contra o Macaé. Já Dodô, desse eu falo abaixo.
Jumar não foi mal nas chances que teve, mas na posição que joga, dificilmente vai ser titular, haja visto o excesso de bons nomes. Martinelli só foi testado na lateral, onde não comprometeu. Mais justo será avaliá-lo como zagueiro. Gustavo e Rafael Carioca chegaram com pinta de titulares e estão ganhando ritmo aos poucos.
Rafael Coelho foi muito bem quando entrou, mas foi expulso de bobeira. Merece mais chances. Caíque, Geovane Maranhão e Elder Granja jogaram muito pouco, sem tempo para avaliações.
Dodô vem sendo o grande nome desse início de temporada. Do seu talento, nunca ninguém duvidou. Entretanto, devido ao tempo parado, ele poderia demorar a mostrar o futebol que fez sua fama. Porém, já são seis gols, artilharia e idolatria perante a torcida.

Nosso camisa 10 nunca foi um centroavante paradão, mas no Vasco tem jogado com referência na frente, onde o desgaste físico é menor. Participa do jogo com as finalizações precisas e nas tabelas com os habilidosos meias. Graças a esse posicionamento, tem jogado sempre os 90 minutos, contribuindo de forma decisiva para as vitórias.

No momento, duas vagas prometem boa briga pela titularidade. A lateral direita, onde Fágner começou muito bem, mas se machucou e amanhã Elder Granja tem a primeira chance como titular. E no meio-campo, onde Rafael Carioca entrou de vez na briga com Nilton, Souza e Léo Gago, que vêm muito bem. Boas dores de cabeça para Mancini, que conta com um bom leque de opções em todos os setores do time.

Vale lembrar que o Vasco fez 16 gols e sofreu apenas um. Curiosamente, foi um gol contra de Fágner. Ou seja. O amigo gremista está mais do que certo em dizer que o Vasco não sofreu gols desde que Marina nasceu (dia 15). Afinal, a ganância ofensiva é tão grande que até confundimos o lado certo para marcar...hehehe

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Sds vascaínas a todos!