Uma defesa intransponível e um ataque impotente

A próxima vez que eu estiver com insônia vou ficar em casa e assistir o jogo do Vasco pela TV. Com certeza isso resolverá meu problema e terei uma tranqüila noite de sono. Nossa defesa é seguríssima e não dá sustos. Nosso ataque é inofensivo e a cada jogo parece dar a impressão que desaprendeu a fazer gols. Jogo do Vasco tem sido a receita perfeita de sonífero pra galera.
Não vou ficar aqui discorrendo sobre os lances da partida. A essa altura todo mundo já viu o que tinha de ver. Pra retratar nossa incrível incompetência, cito o lance que ocorreu aos oito minutos do primeiro tempo. O goleiro caxiense Vinicius chutou errado e a bola caiu nos pés de Élton. Sozinho ele caminhou em direção ao gol. O goleiro escorregou e ficou caído. Até minha irmã de 9 anos que joga em uma escolinha do Vasco faria o gol. Nosso ‘artilheiro’ no entanto perdeu.
No mais, o jogo se resumiu ao Vasco tentando furar a defesa do Caxias e perdendo as poucas chances de gol que teve. O time da Baixada tentava nos contra-ataques, mas esbarrava sempre na muito bem postada defesa do Vasco. Quando a defesa não tirava, lá estava nosso paredão Fernando Prass pra defender.
Além de pontaria, falta ao time “Atitude Dominadora”. Falta mostrar ao adversário quem comanda as ações em campo, dominar o meio-campo e demonstrar que a qualquer momento vai fazer o gol. Se contra um dos melhores times do Brasil, o Corinthians, fomos capazes de fazer isso por mais de 60 minutos, podemos fazer isso contra qualquer time da Série B. Basta querer.

O Vasco atuou com: Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vilson, Gian (Titi) e Ramon; Amaral, Nilton (Willen), Léo Lima e Jéferson (Benitez); Philippe Coutinho e Élton.

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Sobre nossa defesa não cabe muitas palavras. De Fernando Prass a Amaral todos fizeram seu trabalho corretíssimo, incluindo aí Titi que entrou no lugar de Gian, que sentiu lesão. Após um 2008 com zaga sofrível, parecemos não mais padecer desse mal.

No meio, Nilton voltou a cair de produção. Na "Atitude Dominadora" que citei, ele é a peça fundamental. Ele é nosso jogador que melhor consegue aliar força e categoria na saída de bola, além de uma boa ocupação de espaços. Se quisermos mostrar aos adversários quem manda na Série B, precisaremos dele na boa forma do Carioca e da Copa do Brasil.

Léo Lima tenta buscar jogo, mas sofre com a ausência de Carlos Alberto. Defitivamente ele e Jéferson não conseguem jogar juntos. Aliás, que má fase do nosso camisa 10. Erra tudo o que tenta e ainda pena com a falta de sorte. Carlos Alberto não pode sair, sob pena de termos nossa criação limitada aos laterais.

Mais é no ataque que reside o maior problema. Há tantos jogos sem fazer gol, algo precisa ser feito. Élton não é o matador que a torcida esperava. Aliás, a única coisa que ele mata ultimamente é a paciência. Ou como diria o narrador do PlayStation, "assim ele mata o goleiro de rir".

Phillipe Coutinho não pode jogar de atacante. Não tem corpo pra isso. Jogando de costas para o gol vai ser sempre um jogador comum, inofensivo. No momento ele está mais para substituto imediatdo de Carlos Alberto. Willen é garoto. Tem até um bom físico para ser centroavante, mas careceu de experiência. Não pode ter a responsabilidade decomandar nosso ataque. Com o tempo tende a crescer e ser um jogador de futuro no Vasco.

Agora é uma semana cheia de trabalho e pressão. Fora do Grupo dos 4 que subiriam, os jogadores terão que suportar cobranças internas e externas, dando a resposta em um dos jogos mais duros da competição, o bom time do Figueirense em Florianópolis.

Que ninguém brinque no treino, afinal recebem bons salários e ninguém está com o vencimento atrasado. Agora é a hora de mostrar porque estão no Vasco. Do contrário, peçam pra sair e o Clube corre atrás de reforços na janela internacional.

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Sds vascaínas a todos!