03 de maio de 2015. Em um Maracanã lotado, o Vasco venceu o Botafogo por 2x1, conquistando seu 23º título Carioca. Mais uma taça para nossa farta galeria. Especial para cada vascaíno presente ao estádio ou que acompanhou pela televisão ou rádio em cada canto deste país. Afinal, não levantávamos esse torneio desde 2003, o que era demais para um clube dessa grandeza.
A quebra do jejum fez dessa conquista muito maior do que ela realmente é. Não seria exagero compará-la à conquista recente da Copa do Brasil, campeonato mais importante e mais difícil de ser vencido. Ontem, especialmente, vencemos no braço do nosso povo, ao contrário de 2011, onde a taça foi erguida em Curitiba.
Para este que vos escreve, o título de ontem teve uma sensação indescritível, incomparável: foi a primeira vez que pude gritar "é campeão" ao lado de meus dois filhos, de 1 e 5 anos. Que seja o primeiro de muitos títulos em família. Porém, a tarde de ontem sempre será lembrada por todos nós.
Como meu ingresso era de Setor Leste (o sul acabou rápido na bilheteria), a mais velha, de 5 anos, não teria direito à gratuidade. Tentei convencê-la a ficar em casa, mas foi impossível. Se iniciava aí uma saga comparável a uma tentativa de driblar Guiñazu.
A quebra do jejum fez dessa conquista muito maior do que ela realmente é. Não seria exagero compará-la à conquista recente da Copa do Brasil, campeonato mais importante e mais difícil de ser vencido. Ontem, especialmente, vencemos no braço do nosso povo, ao contrário de 2011, onde a taça foi erguida em Curitiba.
Para este que vos escreve, o título de ontem teve uma sensação indescritível, incomparável: foi a primeira vez que pude gritar "é campeão" ao lado de meus dois filhos, de 1 e 5 anos. Que seja o primeiro de muitos títulos em família. Porém, a tarde de ontem sempre será lembrada por todos nós.
Como meu ingresso era de Setor Leste (o sul acabou rápido na bilheteria), a mais velha, de 5 anos, não teria direito à gratuidade. Tentei convencê-la a ficar em casa, mas foi impossível. Se iniciava aí uma saga comparável a uma tentativa de driblar Guiñazu.
No transporte a caminho do
estádio, um mar de vascaínos cantando e ensaiando a festa do título. Sentada no
colo de minha irmã, Marina se assustou com o barulho. Somente no meio da viagem
entrou na festa. Já Davi, com apenas um ano, curtia tudo numa boa, batia palma
e falava “Vaco, Vaco”. Ainda deu um cochilo antes de chegar ao Maraca.
Lá, ainda por volta das 14
horas, tentamos, em vão, acessar o estádio. Como eu e minha esposa, vários
outros pais enfrentavam o mesmo problema. E fala com policial, com supervisor
do Maracanã, com funcionário da catraca. Tenta trocar ingresso pela Sul,
comprar o ingresso de algum desistente, vai no Jecrim e...NADA.
As filas encolhendo, deu a
hora do jogo e a gente ainda lá fora. Com menos gente do lado de fora e vendo a
situação, uma funcionária da federação acabou criando a solução: colocar as
crianças pela entrada do nível 5 do Botafogo e passar para o leste. Resolvido
em 30 segundos algo que custou horas, desgaste e muitas lágrimas infantis.
Chegamos à arquibancada
pouco antes do tempo técnico. Devidamente hidratados, eles começaram a se
ambientar àquilo, esquecendo a aventura recém ultrapassada. Felizmente o gol
foi aos 45, quando pudemos ver e comemorar juntos. A conquista se aproximava.
O segundo tempo quase
inteiro foi de festa. Bandeiras, luzes, músicas, um verdadeiro show. Interrompido
por alguns minutos, com o gol do Botafogo e o receio de todos, inclusive meu,
de uma virada alvinegra. Depois da expulsão de Fernandes, o grito voltou com
força e aumentou ainda mais com o gol de Gilberto. Marina, já conhecendo algumas musicas, cantou. Davi
bateu palmas. E todos comemoramos, felizes, esse titulo histórico para nosso
Clube e para nós 5.
Tudo que se seguiu foi
festa. Onze horas da noite, já no carro, enquanto ouvíamos os gols no rádio, os
dois gritavam Vasco pela janela. Dormiram vestidos de Vasco e hoje, ao ligar
para eles, não falavam em outra coisa.
Assim, segue a tradição sendo passada de Louzada em Louzada.
Enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal!
Casaca!
Sds vascaínas!