Um ponto valioso

Em um jogo tenso e com emoções até o último minuto, o Vasco empatou com o Náutico em Recife por 1x1. Com desfalques, lesões e erro claro de arbitragem, o Gigante da Colina saiu da capital pernambucana com um importante ponto, que nos mantém na 4ª colocação, com 39 pontos. Contando com o empate entre São Paulo e Inter e a derrota do Cruzeiro para o Botafogo, o cruzmaltino garante a posição, no mínimo, até a rodada do próximo meio de semana. Com isso, está batido o recorde de rodadas seguidas no G4 na era dos pontos corridos.

Durante o dia, a dúvida que pairou foi sobre o escolhido de Juninho Pernambucano no meio-campo. Enquanto pensávamos em Fellipe Bastos ou Auremir, Cristóvão Borges optou por um meio com 4 volantes, com Eduardo Costa, Nilton, Bastos e Wendel, com Carlos Alberto no banco. A proposta de segurar o Timbu deu certo até o fim da primeira etapa, quando Kieza abriu o placar. Pior do que sofrer o gol foi passar o primeiro tempo inteiro sem ameaçar o gol defendido por Gideão.
Na volta do intervalo, nosso treinador sacou Jonas e Eduardo Costa para entrada de Auremir e Carlos Alberto. O camisa 10 passou longe, muito longe, de jogar bem. Para um armador, passar a bola é premissa básica e ele tem enorme dificuldade de fazer isso. Mesmo assim, prendeu a marcação e seu posicionamento tornou o posicionamento naturalmente mais ofensivo.

Assim, acabou sobrando espaço para Fellipe Bastos receber livre na entrada da área e acertar belo chute, igualando o placar. O camisa 21 mostrou, mais uma vez, que apesar da implicância da torcida, é um jogador útil para a equipe, especialmente nos jogos fora de casa. Como é sempre vaiado em São Januário, fica difícil esperar o mesmo rendimento.

Pouco depois veio uma baixa. Auremir sentiu a coxa e teve que dar lugar ao jovem Luan, que fez sua estréia no profissional. O garoto não sentiu a pressão e mesmo quebrando um galho do lado direito, não comprometeu. Há de se elogiar o comportamento da torcida alvirrubra, que aplaudiu Auremir, revelado no clube. Comportamento bem diferente do que vimos na Ilha do Retiro, com um craque consagrado como Juninho.

Tenório não poderia atuar os 90 minutos mas, com as 3 substituições já feitas, teve que se manter do jeito que dava. Bastos também sentiu. Na defesa, três meninos, que até bem pouco tempo raramente jogavam. Tudo isso enfrentando um dos melhores mandantes do campeonato, em um estádio acanhado e com pressão da torcida.

No fim, no último lance do jogo, escanteio. Otimista toda vida, já me preparava pra mudar todo esse texto. Cruzamento na área e Nilton ajeita pra mandar a bomba de direita. Nosso camisa 19, em ótima fase, levou uma banda, que o juiz Leandro Vuaden viu e não teve coragem pra marcar.

Agora temos dois jogos seguidos em casa e a chance de abrir maior frente do quinto colocado e também colar nos líderes.

Força Vascão!

Charge: Beto_Gomes

Por: Diego_Louzada

Sds vascaínas a todos!