31/08/2011. Na estréia do segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2011, o Vasco recebeu e venceu o Ceará por 3x1, na primeira partida sob comando de Cristóvão Borges, após o AVC sofrido por Ricardo Gomes. Naquele dia, a equipe formou com: Fernando Prass; Allan, Dedé, Renato Silva e Márcio Careca; Eduardo Costa, Rômulo, Juninho Pernambucano (Felippe Bastos) e Diego Souza (Bernardo); Eder Luis e Alecsandro (Élton).
29/08/2012. Também no primeiro jogo do segundo turno, o Vasco perde para o Grêmio no Olímpico por 2x0. O time alinhou com: Fernando Prass, Auremir, Dedé, Douglas e William Matheus; Nilton, Eduardo Costa, Felipe (Wendel) e Carlos Alberto (Pipico); William Barbio (Tenório) e Alecsandro. Chegando á terceira derrota seguida, o antes postulante ao título começa a ver sua posição no G4 ameaçada. E basta olhar as escalações para entender o motivo.
Foram anos de times e colocações medíocres. Se hoje nos chateamos com o 4º lugar, o passado recente nos remete a brigas contra o descenso ou vagas em Sul-Americana. Porém, já são mais de 40 rodadas seguidas entre os 4 melhores do país e o nível de exigência da torcida evidentemente cresceu.
Naturalmente os olhos se abriram para nossos jogadores e o que fez a diretoria? Manteve Dedé, o principal deles e negociou vários, incluindo os 3 atletas que mais marcaram gols na temporada passada, Bernardo, Diego Souza e Élton. Além deles, se foram destaques defensivos como Allan, Rômulo e Fágner. Não cito Anderson Martins e Jumar por se tratarem de outro tipo de negociação.
E aí nosso presidente vem com a seguinte declaração: "Chega, né! Conversei com eles (jogadores) antes do jogo. Os resultados não condizem com o esperado. E a única forma de sair dessa situação é se superando. Por isso, por mais que entenda a chateação do torcedor, porque também estou chateado, teremos um jogo sábado em casa, os três pontos são importantíssimos. Precisamos da força do torcedor. Aqueles que acharem que está tudo errado, que ‘tem que contratar’ - e as coisas não são simples assim - que fiquem em casa".
Presidente, os resultados condizem plenamente com o esperado. Por mais que a arbitragem mais uma vez tenha errado contra nós, perdemos para Grêmio e Fluminense porque somos piores, simples assim. E contra uma Portuguesa em ótima fase, os jogadores terão sim que suar sangue para sair de campo com a vitória, pois lá na Lusa tem jogadores que seriam titulares no Vasco, o que é uma vergonha para sua administração.
Mas fica tranqüilo, presidente. Não vou vaiar o Auremir, nem o William Matheus. Eles fazem o que podem, se esforçam para defender um Clube da grandeza do Vasco. O mesmo vale para o Barbio e para o Pipico. Cristóvão? Esse coitado que olha para o banco e vê quem para substituir? Sou torcedor de arquibancada há anos e estou cansado de saber que vaiar o time durante a partida só serve para atrapalhar.
Porém, presidente, peço que o senhor prepare os ouvidos. Antes, durante e depois, as vaias e protestos serão destinados ao senhor e a seus pares da diretoria. Porque o país cresce, a economia fica mais forte e nossos rivais trazem e mantêm suas estrelas. E nós? Vemos nossos ótimos atletas saírem, entrando um dinheiro que sabe se lá para onde vai.
Estamos caminhando para trás e onde vamos parar? Não falando apenas desse campeonato, mas da continuidade do elenco. Porque em breve o Juninho e o Felipe vão parar e a armação ficará entregue a algum daqueles meninos da base que mal tinham onde morar? E quem vai fazer os gols, se é tão difícil tirar esse escorpião do bolso.
Quando o calo apertou, o senhor se virou para trazer Diego Souza e Alecsandro, fundamentais no título da Copa do Brasil. Em 2010, foi buscar ao mesmo tempo Felipe, Zé Roberto e Éder Luís. E agora? Já ia me esquecendo, a janela internacional fechou. E não temos cacife sequer para contratar destaques da Série B.
Deixa então para o ano que vem. Pra gente tentar o Bi da Copa do Brasil e o inédito título da Sul-Americana. Libertadores em 2013? A resposta o senhor mesmo deu: Superação, pois NÃO temos qualidade para estar entre os 4 melhores do Brasileirão.
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