A forte chuva que caiu em Recife durante o dia prejudicou a qualidade do futebol das duas equipes. A primeira etapa foi chata e as poucas emoções aconteciam quando a bola parava nas poças d'água, atrapalhando os zagueiros.
Para o segundo tempo, Cristóvão sacou Éder Luís, em duradoura má fase, para entrada de Tenório, jogador no qual a torcida deposita muita esperança. O camisa 11 mostrou mais uma vez que está recuperado da grave lesão e teve grande atuação.
Com o estado do gramado melhorando, as chances começaram a aparecer para os dois lados. As primeiras foram do Leão, com Moacir e Rithelly. A trave e Fernando Prass garantiram a invencibilidade da meta vascaína, que já dura 7 jogos.
O Vasco demorou a chegar, mas quando o fez, foi letal. Falta na entrada da área e Juninho cobrou com a categoria que lhe é peculiar, balançando as redes do estádio onde nasceu para o futebol. Muita festa da torcida e do Reizinho, que comemorou demais, calando os imbecis que o vaiavam.
O gol fez muito bem ao Vasco, que aos 29 teve grande chance de ampliar com Tenorio. O equatoriano driblou o goleiro e viu Diego Ivo salvar em cima da linha. Jogando consciente como sempre e sem sustos, o cruzmaltino viu sua situação melhorar quando o mesmo Diego Ivo fez falta sobre Tenorio e levou cartão vermelho.
Bagunçado e desesperado, o time rubro negro assistiu à ressurreição definitiva de Tenorio. Em linda jogada, ele driblou o goleiro, deixou o defensor sentado e tocou para o gol vazio. Emocionante ver a alegria do atacante após o drama da lesão no tendão de Aquiles, que o deixou fora dos gramados desde o Estadual.
Cada vez mais forte e confiante, o Vasco agora encara o Atlético-MG em confronto direto pela liderança. O desafio é grande, mas a confiança é total e esse grupo faz por merecê-la. Força Vascão!
Foram 12 anos sem pisar no estádio onde tudo começou. Nesse tempo, Juninho disputou Copa do Mundo, conquistou inúmeros títulos na Europa, na Ásia e ficou conhecido como um dos melhores jogadores de sua geração. Com inúmeros gols, foi consagrado como o melhor batedor de faltas de todos os tempos. Nada disso foi suficiente para que a torcida do Sport reconhecesse o valor do agora veterano que viram crescer na Ilha do Retiro.
Nem mesmo carregar o sobrenome PERNAMBUCANO fez com que seus conterrâneos o recebessem bem neste retorno. Os desafio a pensar em qualquer cidadão nascido nesse maravilhoso estado que tenha carregado Pernambuco no nome. E não falo só de jogadores, mas de artistas, políticos ou qualquer outro profissional.
Só tenho a lamentar pelo comportamento infeliz de parte da torcida leonina, que aprendi a respeitar durante minha última passagem por Recife. E sei que o ódio por Juninho não é compartilhado por todos os rubro-negros, pois os que conheci por lá o admiravam, sentimento compoartilhado até mesmo pos torcedores do Náutico e Santa Cruz.
O castigo veio da pior forma, com um golaço de falta e mais uma derrota em casa. Os que perderam seu tempo xingando o craque, foram pra casa chorando, enquanto os que admiram seu talento foram brindados com mais um momento de brilho de nossa Majestade.
Por: Diego_Louzada
Sds vascaínas a todos!
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