A defesa da Seleção tem um guardião vascaíno

Em sua preparação para os Jogos Olímpicos de Londres, a Seleção Brasileira obteve duas ótimas vitórias sobre Dinamarca e Estados Unidos. Em meio às grandes promessas do futebol nacional, um vascaíno ficou com a missão de carregar o piano no meio-campo. Rômulo vestiu a camisa 8 e a cada partida se mostra mais firme na luta pela titularidade do selecionado sub-23.

Atualmente com 21 anos e sendo observado por grandes times da Europa, este piauiense chegou ao Rio de Janeiro em 2009, para atuar na equipe de juniores. Observado há tempos pelo então diretor executivo Rodrigo Caetano, venceu o Torneio OPG e participou do grupo campeão estadual sub-20 de 2010. Todavia, não jogou as partidas finais por já estar no elenco adulto. Coube a PC Gusmão a tarefa de buscá-lo na categoria e dar chances no torneio amistoso Copa da Hora, em Florianópolis.

Muito contestado pela torcida, alternou jogos entre os titulares com outros onde sequer estava no banco. Foi em uma dessas oportunidades que pude estar pessoalmente com ele pela primeira vez e vi um jovem diferente da maioria de sua idade. Já pai, se mostrava bem centrado, o que era visível até mesmo no modo de se vestir.

Com a mudança de temporada e de comissão técnica, veio a consolidação como titular e o começo de reconhecimento por parte da torcida, com a participação no título da Copa do Brasil. Muito da impaciência dos torcedores se devia à falta de compreensão de seu estilo de jogo. Nada daqueles carrinhos estúpidos de outros volantes ou aquela correria desenfreada para roubar a bola e logo devolvê-la ao adversário.

Antes usado como segundo volante, cresceu assustadoramente ao ser colocado por Ricardo Gomes à frente da zaga. Sempre bem posicionado, passou a fazer a função de "Invisible Wall", como os ingleses chamam o atleta que faz essa proteção da defesa sem que chame a atenção da torcida, sendo porém imprescindível para sua equipe.

Suas ótimas atuações não passaram desapercebidas a Mano Menezes, que o convocou para os jogos contra a Argentina no ano passado. A convocação só o fez crescer dentro do Clube e a titularidade no time olímpico só não virá em caso de lesão grave.

Com uma imensa margem para desenvolvimento, Rômulo em breve não deve mais estar em São Januário. Mesmo distante, tenho certeza que ainda iremos nos orgulhar muito desse menino que saiu do interior do Brasil para brilhar no Rio e logo logo em nivel mundial.

Valeu Rômulo!

* Mais uma vez nos vemos em meio a problemas salariais. Atrasos repetitivos que desgastam a imagem do Clube perante patrocinadores e jogadores. Para nossa sorte, temos um grupo de profissionais comprometidos e que não se deixa prejudicar por tal fator.

Sem uma estrutura decente de trabalho e sem receber em dia, nossos atletas têm tido desempenho satisfatório dentro de campo e têm meu imenso respeito e admiração. Que o caráter deles seja recompensado com um imenso esforço da diretoria para viabilizar o pagamento do que lhes é de direito.

Charge: Beto_Gomes

Por: Diego_Louzada

Sds vascaínas a todos!