quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cumprindo o protocolo

Era um dia de festa para a torcida vascaína: 300 jogos de Felipe, volta de Juninho e ansiedade pela final da Taça Rio. Porém a alegria se restringiu às arquibancadas. Em campo, o Vasco se limitou a fazer passar o tempo, mantendo a vantagem assegurada com a bela vitória em Recife por 3x0. O 0x0 retratou bem uma partida entre um Vasco preguiçoso e um Náutico esforçado, às vezes até violento, mas sem talento. Na próxima fase, o Gigante da Colina enfrenta o Atlético-PR, em datas e locais a serem marcados pela CBF.

Após uma longa ausência de São Januário, voltei a assistir jogos em nosso estádio. O último havia sido no dia 09/03, contra o Duque de Caxias. Depois disso, apenas Engenhão, em virtude da viagem que me privou de 3 jogos na Colina. Quanta saudade de casa! Cheguei cedo, mas tentei em vão ingressos para a final de domingo. Cheguei a tempo de assistir o segundo tempo da goleada por 4x0 dos juniores sobre o Boavista. E me encantei com o futebol do zagueiro Luan. Veloz, técnico, joga de cabeça erguida. Promessa de bom jogador, bem como o volante Valdir.
O público mediano, viu a justa homenagem à família da menina Larissa que foi vítima do atirador de Realengo. Outro homenageado foi Felipe, que completou 300 jogos com a mais bela camisa do futebol mundial.

Com bola rolando, o Náutico entrou com toda velocidade, abusando da força nas divididas. Isso irritou a torcida e o time vascaíno, que nitidamente se poupava para a decisão de domingo. Várias vezes Felipe pediu calma aos adversários. Futebol que é bom, apenas em chutes de fora da área. Nada muito perigoso. Em um deles o atacante desviou o chute para o gol, mas estava em claro impedimento.

O Vasco, mesmo devagar, era melhor e entrava na área de Douglas. A melhor chance coube a Bernardo, que limpou tudo e todos, para um melhor ângulo de finalização. Na hora do chute, a sorte não ajudou e a bola bateu no travessão.

Com o 0x0 do meio da partida, faltavam 45 minutos para o Vasco cumprir seu dever de entrar em campo e carimbar a vaga. O jogo se tornou ainda mais chato e já passando das onze da noite, dava pra ter cochilado em São Januário. O timbu teve mais um gol anulado e o Vasco se limitou a fazer o básico: não perder. Afinal, um revés traria um clima ruim às vésperas da final.

O segundo tempo valeu pela volta de Fágner, após longa parada por lesão. Apesar de mostrar seu talento, o camisa 23 pouco foi acionado, com o time forçando o jogo pelo meio e esquerda. Mesmo com a boa passagem de Allan, em breve teremos o baixinho de volta ao time titular.

Nos minutos finais, a torcida passou a provocar o rival flamengo, já no clima do clássico decisivo. E após algumas horas na aprasível Colina Histórica, cheguei a uma única conclusão. Ontem, nenhum vascaíno pensou no Náutico ou na Copa do Brasil. Todos só querem saber do urubu e da Taça Rio.

Que venha domingo!

* Precisando de ingresso? Fuja de São Januário, Engenhão ou Gávea. Vá a Niterói, Nilópolis ou Mesquita e não encontre filas. Ainda tinham ingressos para todos os setores hoje de manhã. Não perca tempo e vá você também à decisão! O Vasco precisa de nós!

* Charges: Beto Gomes

Sds vascaínas a todos!

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