Renova Rodrigo Caetano!

Nas últimas semanas, a torcida vascaína tem vivido uma novela de renovação. Porém ao contrário do que normalmente vivenciamos, hoje o temor não é de perder nenhum zagueirão, o maestro ou o matador do time. O drama se deve ao homem responsável pela montagem do elenco, não apenas o profissional, mas o sub-23 e também o sub-20. Falo de Rodrigo Caetano, diretor executivo de futebol, que vem sendo assediado e desejado por alguns clubes, em especial o Grêmio, de onde veio no fim de 2008, aceitando o desafio de retomar o Vasco ao seu devido lugar, logo após o rebaixamento.

Em algumas conversas com vascaínos, em especial com aqueles de ocasião, me vejo explicando o trabalho de Caetano e sua importância para o Vasco. Vejamos: após o rebaixamento, o Vasco viu uma debandada dos seus principais jogadores. Todos que puderam abandonaram o barco, sem contar aqueles que não tinham nenhuma condição de jogar no Vasco.

E aí começou o trabalho de Caetano. Para montar o elenco, ele tinha em mãos: Tiago, Vilson, Fernando, Edu Pina, Amaral, Souza, Mateus, Philippe Coutinho, Alex Teixeira, Faioli, Alan Kardec e outros meninos da base. Como vemos, não dava nem pro começo. Ele então partiu para a luta. Com a ajuda do empresário Carlos Leite, contratou meio mundo. Seu objetivo: da quantidade extrair qualidade.

Veio então um elenco quase inteiro: Paulo Sérgio, Fágner, Gian, Titi, Ramon, Leonardo, Nilton, Jéferson, Enrico, Léo Lima, Pimpão, Élton, Carlos Alberto e outros. Nada de extraordinário, mas deu pra ir bem no Estadual e chegar à semifinal da Copa do Brasil. E não falei de Fernando Prass, que chegou após a besteira de Rafael na pré temporada em Vila Velha.

Após o primeiro semestre, vieram mais alguns jogadores e alguns reprovados, foram liberados. Entre destaques do Estadual e reforços pontuais, vieram: Dedé, Ernani, Rafael Morisco, Fumagalli, Aloísio, Adriano e Robinho. Não formamos um time brilhante, mas deu pra ganhar a Série B com folga e daí tirar alguns que poderiam ficar para a primeira divisão, em 2010.

Porém, outra parcela do trabalho de Caetano era construída sem que o grande público pudesse perceber. Conquistamos o torneio Otavio Pinto Guimarães de juniores com vários jogadores trazidos já com 19 ou 20 anos, na gestão de Caetano. Solução para um clube sem dinheiro e hoje já vemos Max, Rômulo, Lipe e outros no time profissional, quase sempre com banco cheio desses meninos.

Ao invés de esperarmos as promessas estourarem ou se perderem, passamos a ir buscá-las em qualquer canto do país, correndo o risco de não dar em nada, mas lucrando muito em caso de sucesso.

Com o fim de 2009 e o esperado acesso, o diretor tratou de qualificar o elenco. Mesmo trabalho de 2009, mas dessa vez com menos apostas e jogadores desejados por outros times. Vieram: Elder Granja, Gustavo, Thiago Martinelli, Márcio Careca, Rafel Carioca, Jumar, Léo Gago, Caique, Dodô e Rafael Coelho, dentre outros. Se compararmos com os contratados de 2009, veremos a diferença de qualidade e experiência entre os nomes, mas ainda uma grande quantidade de contratados.

Os destaques de 2009 ficaram, não perdemos nenhum dos principais jogadores, mas com os insucessos de Vagner Mancini e Gaúcho, muitos desse jogadores tiveram vida curta na Colina e quem segurou as pontas foram os remanescentes da Série B.

Na base, mais um prêmio ao trabalho de Caetano, o título estadual sub-20, com jogadores trazidos pelo diretor, como a dupla de zaga Genilson e Matheus, os meias Elivelton e Jonathan, além dos atacantes Lipe e Arthur, pra não falar de tantos outros que já vieram pro Vasco perto de estourar a idade júnior.

Após um primeiro semestre ruim, a diretoria se mexeu em busca das estrelas. Felipe, Zé Roberto e Eder Luís deram um toque de qualidade e experiência ao time. E no trabalho de quantidade, achamos a qualidade extrema em Fágner e Dedé, que já estavam em 2009, mas estouraram nesse segundo semestre.

Faltou sim um pouco de sorte, principalmente na camisa 9. Rafael Coelho era pra mim e pra muitos, uma certeza de ótimo atacante, mas não se encaixou e caiu em desgraça com a torcida. Nunes também não encheu os olhos, mas esse já era uma tentaiva imediata, somente para esse ano.

Tudo que foi escrito até aqui faz parte de uma política clara que Rodrigo Caetano implementou no Vasco. Preparar um time não para os próximos jogos, mas sim para os próximos anos. Investimos em jogadores jovens, uns deram certo, outros ainda vão dar, outros viraram bolha. Mas hoje temos um time. Não para amanhã contra o Prudente, mas para 2011, 2012, 2013 e por muitos anos, considerando claro a sequência do trabalho.

Vejamos: Fernando Prass, contrato até 2013, Fágner idem, Dedé até 2014, Cesinha 2013, Felipe 2012 e por aí vai, contando claro com a subida dos jovens que vem fazendo bonito no sub-20 agora no sub-23. Até mesmo os emprestados Zé Roberto e Eder Luís tem contrato até o meio do ano (com chance de permanência), o que nos permitirá novamente manter todo o elenco para 2011, aumentando a qualidade, que já e muito boa.

Além disso, Caetano trouxe uma gestão profissional ao futebol, já que além de ex-jogador, é formado em administração e implantou o conceito de projeto ao Clube, que em dois anos já nos permitiu sair do abaixo do zero para um elenco organizado, com jogadores valorizados e com ciclos de renovação, inclusive com jogadores emprestados, valorizando em outras frentes, inclusive a maior delas, a Liga dos Campeões, caso de Élton.

Hoje, o Vasco experimenta uma organização profissional em seu futebol, que nunca vivenciou em sua história e devemos muito disso a esse homem. Sua permanência é de fundamental importância para que o Clube siga se reorganizando e se coloque não de forma casual, mas constante na briga por títulos.

Quando ano após ano estivermos entre os líderes, conquistando taças, respeito e mais torcida, aqueles que hoje não entendem o papel de Rodrigo Caetano, poderão agradecer muito ao nosso Diretor de Futebol

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Sds vascaínas a todos!