Também sabemos ser guerreiros

Pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Vasco venceu o Vitória por 1x0 em São Januário. Com um a menos desde o fim do primeiro tempo, o GIGANTE DA COLINA teve que se superar para garantir os três pontos, que levam o time para a 11ª posição na tabela, oito acima de onde o time estava antes da Copa do Mundo. O gol da vitória foi marcado por Zé Roberto, no primeiro tempo. No próximo domingo, o Vascão enfrenta o Grêmio Prudente em São Paulo.

VISÃO DO JOGO

Com o time jogando bem e em um dia festivo como o Dia dos Pais, São Januário recebeu um grande público. Eram muitas famílias embelezando a Colina Histórica. Em campo, mudanças nas laterais, com as entradas de Fágner e Max, além de Carlos Alberto como centroavante.
A exemplo do fim de semana passado, enfrentamos um time com dois centroavantes, o que nos obrigou a adotar um quase 3-5-2, com Nilton recuado e Fernando na sobra. Isso acabou não sendo ruim, já que Fágner e Max tiveram muita liberdade para subir, aparecendo muito bem no ataque.
As tabelas entre Felipe, Zé Roberto e os alas, facilitavam o trabalho de Carlos Alberto, quebrando galho como centroavante. Em um belo lance de Felipe, falta na entrada da área. Carlos Alberto cobrou no travessão do mascarado Lee, que após pegar pênalti de Neymar quis mais fazer palhaçada que agarrar.
Em uma linda movimentação do ataque, o Vasco marcou aos 22. Carlos Alberto na direita, tocou em Felipe, que soltou para Rafael Carioca, que enfiou para Max na ponta esquerda. Esse rolou para o meio e Zé Roberto só empurrou para o gol. Golaço, com a participação de 5 jogadores.
O Vitória tentava até ameaçar, mas com Schwenk no comando de ataque fica difícil. Quando as estrelas se aproximavam o Vasco levava perigo. Nos acréscimos, o lance que mudou o jogo: após chutão da defesa, Carlos Alberto sofreu carga de Wallace, muito mais alto que ele. Lance que seria natural para um centroavante, mas não pra ele, que jogava fora de posição.
Wallace cabeceou para fora e Carlos Alberto falou educadamente com o árbitro, fazendo gestos com os dedos de 1,2,3 mostrando que o lance faltoso estava se repetindo. Erradamente o juiz deu amarelo. Aí o capitão aplaudiu ironicamente e foi expulso. Erro duplo, do jogador e do árbitro, que roubou MUITO e estou dizendo isso com o Vasco tendo vencido.

Com um a mais, o Vitória adiantou muito o time, atacando com sete ou oito jogadores, deixando apenas a dupla de zaga com Zé Roberto, agora mais adiantado. Com atacantes abertos nas pontas, o time baiano segurava nossos laterais, mas não tinha talento para penetrar na defesa.
A torcida empurrava o Vasco e quanto mais o Vitória pressionava, mas cantávamos. Foi lindo. Felipe e Zé Roberto saíram para entrada de Éder Luis e Fumagalli. Os dois não tem a mesma qualidade dos titulares, mas o que Éder correu foi uma coisa absurda.
O Vitória ameaçou apenas em cobranças de falta e estivesse Ramon em campo, teríamos problemas. Fernando Prass não trabalhou, enquanto Lee fez boa defesa em chute de Rômulo.
O juiz seguia roubando e Schwenck era quem apitava o jogo. No fim, festa na Colina em uma noite marcante. Nem sempre se vence dando show de técnica. Show de garra também vale e foi o que vimos ontem.

JOGADORES

O Vasco atuou com: Fernando Prass; Fágner, Dedé, Fernando e Max(Jumar); Nilton, Rafael Carioca, Rômulo e Felipe(Éder Luís); Zé Roberto(Fumagalli) e Carlos Alberto

Difícil dar o melhor em campo para apenas um, quando todos lutaram o quanto puderam pelo resultado positivo. E se não houve melhor, houve pior: Carlos Alberto. Nem em pelada se aplaude com ironia o árbitro.

Fernando Prass, apesar do Vitória ter a bola durante quase todo o tempo, não teve muito trabalho. Apenas ajudou a acalmar o time, além de sair bem em cruzamentos na sua área.

Seu trabalho foi ajudado por Fágner, Max, Dedé, Fernando e Nilton que tiveram grande atuação no combate direto e no cabeceio, com muita disposição. Os dois laterais, conhecidos pela força no apoio, foram leões ontem, jogando pelo time.

Rômulo e Rafael Carioca se desdobraram no combate no meio, além de mostrarem boa saída de bola, principalmente no primeiro tempo, com o time completo. Felipe não foi tão bem quanto no clássico e ainda precisa achar seu melhor posicionamento em campo. Por vezes ainda volta muito para começar os lances.

Zé Roberto está voando em campo, correndo muito e com a conhecida habilidade. Vai mostrando o melhor trabalho dentre os recém contratados. Éder Luís entrou correndo muito, mas um pouco afobado. Fumagalli perdeu boa chance de matar o jogo nos minutos finais. Carlos Alberto vinha bem, criando algumas chances até a expulsão tola, que podia ter colocado tudo a perder.

PC teve grandes méritos na vitória, como na fase que o time está vivendo. Soube colocar o espírito guerreiro necessário para lutar pelo resultado, mesmo que na adversidade. Vale lembrar que ele é o único técnico invicto no Brasileirão.

ROLOU NA COLINA

* A 3ª edição da Revista Preliminar teve Fernando Prass na capa e muitas melhorias. Com a organização na venda de ingressos e a loja maior que está por vir, o torcedor se sente cada vez mais bem atendido em São Januário.

* Muitas famílias estavam no estádio em um clima de confraternização. Uma linda noite, quase estragada pelo ladrão do juiz, que teve uma atuação temerária, sempre a favor do Vitória. Deu um exemplo de desonestidade aos seus filhos, caso os tenha.

* Agora que tenho uma (presentão de Dia dos Pais), posso afirmar com mais propriedade. A camisa nova do Vasco é linda demais, com acabamentos fantásticos e uma simplicidade que encanta.

* O Vitória fez uma caridade ontem. Colocou um mendigo em campo no intervalo. Bela ação do time baiano, que não deu resultado prático.

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Sds vascaínas a todos!