terça-feira, 30 de outubro de 2007

Vasco: paixão acima dos fatos

O Vasco da Gama é, sempre foi e sempre será uma paixão. É a paixão que incendeia estádios, a paixão que se permite ser escolhida – não imposta, como em muitos outros casos. O Vasco não é o time da mídia, não é o time da maioria: é o time dos apaixonados de verdade. Há outros clubes como o Vasco, há outros clubes que sequer deveriam ser comparados à sua grandeza – uma grandeza moral, histórica, acima de taças e confrontos, coisa corriqueira no futebol. Ganhar e perder fazem parte do jogo, mas ter a história gloriosa e bela de luta e valentia do Vasco... que outro clube tem? Nenhum, em nenhum lugar do mundo, tem uma história social como a do Vasco. Pode procurar: não existe, nos anais do futebol, clube com tamanha historia vinculada à prorpia formação étnica e social do pais. É só o Vasco, mesmo, e acabou. É por isso que seus torcedores são únicos, inigualáveis, com todo respeito aos demais que porventura mereçam. Não é time de gente boba... a torcida tem em seu plantel nomes fortes como Chico Anysio, Marcos Palmeira, Roberto e Erasmo Carlos, Fernanda Abreu, Bruno Mazzeo, Carlos Drummond de Andrade (in memorian), Jamelão, Thaís Araújo, Paulo Coelho, Getúlio Vargas (in memorian), Fátima Bernardes, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Sérgio Cabral (pai e filho), Eri Johnson, dentre tantos outros que, agora, nem recordo. Se você encontrasse um deles no estádio, em meio à torcida, duvidaria de que são pessoas de bem, inteligentes, de sucesso, de bom gosto? Pois bem: são todos vascaínos. Fechamos os anos 90 e iniciamos o 2000 ganhando tudo... estadual, Brasileiro, sulamericano, Libertadores... um arraso! Depois, o Clube da Colina, paixão de sua fiel torcida, vem enfrentando dificuldades políticas seríssimas, crises internas, mandos e desmandos, repetidas sanções à imprensa e da imprensa também – diga-se de passagem. Por que não aproveitamos melhor a boa fase que tivemos? Se tivéssemos uma administração um pouco mais séria, o Vasco seria uma força exponencial acima de seus concorrentes, sobretudo aqui no Rio de Janeiro. Isso porque tem um estádio de verdade, que não é arrendado nem “remendado”: é seu, palco de sua história, de suas conquistas, de suas glórias. São Januário não é de ninguém, não foi presenteado pelo prefeito, não foi construído ontem, não é projeto arquitetônico de shopping center: é parte daquela história gloriosa e incomparável a que me referi lá em cima. Quando você entra no estádio, parece ouvir os fantasmas do passado... Roberto Dinamite, o Expresso da Vitória, Ademir, Bellini, Danilo Alvim, Fausto... gente que nem vi jogar, mas cujas vozes ainda ressoam ali! O Vasco, tendo patrocínio e investimento, teria muito mais força, as visitas ao estádio, os museus, a força que alimenta a paixão da torcida. Por que o Vasco não é assim? Por que a diretoria não faz e não pensa em fazer isso? Será que todo esse movimento reverteria mais lucro ao clube do que aqueles que o dirigem? A crônica saiu assim, meio estranha, meio de lado, parecendo fora de propósito. Mas não é, não. É para lembrar a nossos torcedores que, após o inicio de campeonato surpreendente e desses resultados adversos de agora, continuamos fiéis e apaixonados por nosso clube. Para despeito de todos aqueles que desdenham de nossa sorte. Não nos comparamos a nada nem a ninguém: somos o Vasco, temos torcida, temos historia. Somos o que somos, não tememos nem nos escondemos. A razão do Vasco ser o que é está, inclusive, em algumas mensagens que recebo, vindas de torcedores adversários, que lêem meus textos e, até mesmo com suas provocações e alfinetadas, demonstram a força do meu time. Porque eu duvido que vascaínos leiam colunistas de sites adversários – sobretudo do “maior adversário”. No entanto, é de torcedores dele que recebi várias mensagens nos últimos dias. Uma maravilha! É a força do Vasco, e por isso aproveito esse espaço para declarar que o Vasco não é time de “prostitutos de taça”: é time de apaixonados de verdade. Seja o que for, dê no que der... unidos pela cruz-de-malta até o final!
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ESCULHAMBAÇÃO - A coluna de Joaquim Ferreira dos Santos no jornal O Globo, de quarta passada, falava sobre um game violentíssimo, censurado no mundo todo, que já recebeu a sua versão nos camelôs cariocas, para ser livremente vendido. O game Grand Theft Auto, rebatizado aqui de GTA Rio, mostra facções criminosas invadindo a favela da Rocinha, com armamentos pesados e todo tipo de violência. O colunista é bem claro quando descreve algumas particularidades do game: “BANDIDOS VESTEM A CAMISA DO FLAMENGO”. É isso que mata eles de raiva... contra fatos, não há argumentos! Quá-quá-quá.

5 comentários:

Dassler Marques disse...

Diego, o foco da coluna não foi o elenco, se vc percebeu, mas sim a conduta do clube em algumas situações.

Qto ao elenco, acho mesmo bastante frágil. O Wagner Diniz tem feito um campeonato muito bom, mas não é nada confiável. Tanto que, só agora, mostra o futebol que lhe projetou no clube.

Leandro Bomfim passou sem sucesso algum por Cruzeiro, SP e Porto; assim como o Luizão foi repassado ao Vasco por não ter entrada na Europa. Me pegando nos nomes que vc citou.

O elenco do Palmeiras, por exemplo, é bastante superior ao do Vasco. E isso se reflete na tabela.

Eu, particularmente, não teria mesmo tirado o Roth a seis jogos do fim do ano.

abraços e obrigado pela audiência
Dassler

Vinicius Grissi disse...

Primeiro dia de votação para a lateral direita da seleção Marcação Cerrada do Campeonato Brasileiro e já te dou um conselho: consiga amigos, ou o Léo Moura vai faturar com sobras...

Arthur Virgílio disse...

E a torcida do Flamengo bandida? hehehe

Zêro Blue disse...

MEU PREZADO DIEGO, DEIXO AQUI UM COMENTÁRIO PRA RESPONDER SUA INDAGAÇÃO, APROVEITO PRA LHE AGRADECER A VISITA E O COMENTÁRIO EM NOSSO BLOG. APAREÇA SEMPRE:
"Com a conquista da Taça Brasil em 1966 e do Penta-Campeonato Mineiro de 65 a 69, o clube passou a ter a maior torcida do estado. Era tão visível o aumento progressivo da torcida cruzeirense, que o escritor Roberto Drummond, que é atleticano, o comparou ao aumento do índice demográfico anual da China, que é o país mais populoso do mundo. A partir daí, o reconhecimento do cronista fez com que a crônica desportiva mineira passasse a se referir a massa cruzeirense como a China Azul."
Sds. Celestes

Unknown disse...

Olha, Diego, sempre que leio o que você escreve me identifico assustadoramente. É exatamente isso o que eu sinto pelo meu primeiro e maior amor -O VASCÃO-! Só não concordo com você quando diz que ser Vasco é uma escolha... Você já nasce vascaíno, não importa o que aconteça, o sentimento é maior que TUDO!!! Não é paixonite como a de certos torcedores de certos clubes que só lotam o estádio quando o time tá vencendo... Os vascaínos têm de mostrar que eles são diferentes da mulambada e apoiar o time na hora em que ele mais precisa!!!!!
Mesmo numa situação ruim: "GRAÇAS A DEUS EU NASCI VASCAÍNA!"
Saudações Cruzmaltinas!