terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011: Copa do Brasil

Seguindo com a retrospectiva de nosso desempenho nesta temporada, chegamos ao ponto mais alto do ano vascaíno. O título da Copa do Brasil pôs fim a um jejum de oito anos sem conquistas, além de classificar o Gigante da Colina para a Libertadores, competição que não disputávamos desde 2001. Foi a primeira vez que o Vasco venceu o torneio, criado em 1989.

Há anos vínhamos repetindo o mesmo discurso: "a Copa do Brasil é o caminho mais rápido pra Libertadores", "os melhores times do país não estão jogando por estarem na Libertadores" e todo esse blá-blá-blá que enchia nossos corações de esperança. Porém 2011 começou tão ruim, que não fazer vergonha já era lucro.

A estréia foi contra o semi-amador time do Comercial-MS, goleado por 6x1 em fevereiro. Mais de um mês depois foi a vez do mais duro desafio de toda a competição. O ABC-RN, com quem empatamos em 0x0 em Natal e vencemos de virada em São Januário, com gol de Bernardo aos 32 minutos do segundo tempo. Nosso primeiro gol veio em pênalti inexistente sobre Ramon, que Alecsandro converteu.

Por pouco não ficamos pelo caminho e meu coração também. Estava em Jericoacoara, litoral cearense, sem internet, celular e na TV dava o jogo do Fluminense. A cada bolinha meu desespero aumentava e os segundos até o anúncio do autor do gol pareciam durar horas. Felizmente, deu tudo certo e pude ver ao vivo o restante da caminhada rumo ao título.

E foi no meu primeiro dia na volta ao Rio que pude ter a certeza que lutaríamos pela taça. Uma vitória fora de casa sobre o Náutico por 3x0, no sempre complicado estádio dos Aflitos. Àquela altura dois atletas recém chegados mostravam sua importância, com um gol cada: Alecsandro e Bernardo. Na volta um 0x0 morno, suficiente para garantir a vaga sem sustos.

Já entre os oito melhores, enfim viriam os jogos de 1ª Divisão e a tomada do Sul do País. Começando por Curitiba, onde empatamos em 2x2 com o Atlético-PR, com direito a golaço de Diego Souza e pênalti inexistente a favor do Furacão. No Rio, com alguns desfalques, Élton saiu do banco para empatar o jogo em 1x1 aos 34 do 2º tempo. Foi seu único gol na competição, mas importantíssimo para a passagem de fase.

O Avaí, adversário da semifinal chegava credenciado pela eliminação do favorito São Paulo. O empate no Rio em 1x1 animou os catarinenses, que davam a vaga como certa. Para azar deles, o Vasco teve atuação inspiradíssima na Ressacada e venceu por 2x0, merecendo placar bem mais amplo. A linda Florianópolis viu uma invasão vascaína e foi obrigada a aplaudir o então finalista da Copa do Brasil.

O Coritiba, desafio final, era o melhor time do país e havia quebrado o recorde mundial de vitórias consecutivas. Apesar da maior tradição vascaína, alguns comentaristas davam o Coxa como favorito. Nada que desanimasse a imensa torcida vascaína, que fez de tudo na luta por ingressos. São Januário ficou pequeno para tanta euforia e confiança.

O 1x0 na partida de ida, gol de Alecsandro, deixou tudo em aberto para a batalha do Couto Pereira. O Inferno Verde como é conhecido a casa do Verdão também transbordava confiança na virada. Entre um jogo e outro, 5x1 Coxa sobre os nossos reservas, pelo Campeonato Brasileiro.

A épica partida teve todos os ingredientes de uma grande decisão e mesmo com a derrota por 3x2, o Vasco garantiu seu primeiro título de Copa do Brasil. O país novamente tinha as cores cruzmaltinas e nos quatro cantos dessa nação era impossível mensurar a alegria pelo fim do jejum, pelo fim de anos de humilhação.

O Gigante enfim voltava ao seu lugar, inaugurando uma nova era de vitórias.

* A caminhada vascaína teve 11 jogos, com cinco vitórias, cinco empates e apenas uma derrota, justamente na partida do título. 20 gols feitos contra apenas 9 sofridos. Alecsandro foi o artilheiro com 5 gols, seguido por Diego Souza, 3 e Bernardo, Eder Luis e Marcel, 2 gols cada.

Apesar da oscilação em campo, os números evidenciam a importância dos jogadores contratados já com a temporada em andamento. Além disso, o desempenho da melhor zaga do país foi fundamental na conquista. Dedé e Anderson Martins deram aula de como se porta uma boa zaga, aliando garra e técnica.

Foi também um título onde jogar fora de casa não foi um problema. Em seis partidas fora do Rio, 3 vitórias, 2 empates e uma derrota que valeu como vitória. Já em São Januário, duas vitórias e três empates, com o Caldeirão não sendo fator decisivo na conquista.


Sds vascaínas a todos!

2 comentários:

Patrick Araújo disse...

Fala aê Diego!

Estou passando aqui pra lhe desejar Um Feliz Ano Novo, de uma certa forma antecipado, pois vou estar em viajem nesse feriado!

Desejo a você um 2012 cheio de saúde, amor, paz e prosperidade.

Abraçosss

Anônimo disse...

Título muito bom, um dos campeonatos mais emocionantes que já vi.