O titulo brasileiro de 1997 levou o Vasco a um dos maiores desafios de sua história: ganhar a Libertadores da América. Nas outras quatro vezes em que participou do torneio, em 1975, 80, 85 e 90, o Vasco não fora bem.
Mas dessa vez era diferente. A estrutura do Vasco estava mais sólida do que nunca e, em campo, o time sentia-se apoiado e seguro. O treinador Antônio Lopes ocupava o cargo há quase dois anos, a base vinha sendo mantida. E São Januário estava totalmente envolvido pela festa dos cem anos, pela emoção do centenário. O time, lembrado pelos gritos das arquibancadas, sabia das glórias que alcançaria se conquistasse a Taça.
A saga vascaína rumo ao título inédito começou no dia 4 de março. A torcida estava ansiosa. O time não fora bem no Torneio Rio-São Paulo; Luizão e Donizete ainda buscavam entrosamento no ataque, Juninho estava parado após a operação no púbis e o garoto Pedrinho ganhava a vaga de titular. Assim ficou difícil segurar o Grêmio no Estádio Olímpico. Guilherme fez 1 a 0 para os gaúchos.
Na semana seguinte, o Vasco embarcou para a temporada mexicana na Libertadores. No dia 17 de março, derrota para o Chivas Guadalajara por 1 a 0. Três dias depois, no Estádio Azteca, enfrentava o América, que saiu na frente. Mas Ramon fez o primeiro gol do Vasco na competição e salvou o time: 1 a 1. Um ponto em nove possíveis. Parecia ser mais uma daquelas campanhas decepcionantes. Mas, foi aí que surgiu a maior arma nessa cruzada: São Januário. A casa construída tijolo por tijolo, abriu os braços para abrigar o time ainda trôpego na Libertadores.
No dia 25 de março, 28 mil vascaínos lotaram o estádio. E começava uma rotina de festas: antes de o Vasco entrar em campo, um foguetório saudava o Gigante da Colina. Finalmente, a torcida viu que Edmundo, transferido para a Fiorentina, tinha substituto. E dois substitutos. Luizão e Donizete mostraram poder de fogo. O ex-jogador do La Coruña fez dois gols, e o Pantera Negra fez um: Vasco 3x0 Grêmio.
Abril, dia 3. O Vasco recebe o Guadalajara com São Januário de novo lotado. Luizão fez os dois gols da vitória que garantiu ao Vasco a classificação para a segunda fase. Com a vaga assegurada, o técnico Antônio Lopes quis poupar os titulares, já que o time também disputava o Estadual e a Copa do Brasil. No dia 9 de abril, o Vasco enfrentou o América só com dois titulares: Odvan e Felipe. Richardson fez o gol do empate de 1 a 1.
Vieram as oitavas de final, e, para enfrentar o então campeão Cruzeiro, Lopes foi buscar entre os juniores o companheiro improvisado para Mauro Galvão. Géder, de 19 anos, 1,82m. Outra vez deu certo. O Vasco venceu por 2 a 1 e foi para Belo Horizonte com mais tranqüilidade. Mas pouco antes da partida do dia 2 de maio surgiram problemas de última hora obrigando o técnico a armar o time para segurar o empate. No fim, um 0 a 0 que garantia o Vasco nas quartas de final. A partida marcou a volta de Juninho, depois de quatro meses parado.
O obstáculo seguinte era, de novo, o Grêmio, em Porto Alegre. O Vasco já não contava com Carlos Germano, que foi para a Copa do Mundo na França. O reserva Márcio contundiu-se e Caetano, terceiro goleiro, assumiu o gol vascaíno. Pedrinho marcou para o Vasco e Guilherme para o Grêmio. Depois do 1 a 1, o Vasco veio para São Januário precisando da vitória. Mais uma vez, entrou em cena o berço do futebol vascaíno: 30 mil torcedores presentes. Pedrinho marcou o gol histórico que levou o Vasco pela primeira vez às semifinais da Libertadores da América.
Durante a Copa do Mundo a taça foi paralisada. O intervalo de um mês e meio foi usado para uma preparação meticulosa. O primeiro duelo contra o River Plate, tricampeão argentino, foi em São Januário. No primeiro tempo, Donizete fez 1 a 0, mas, no segundo tempo, o River dominou. A torcida vascaína saiu calada. A vantagem de 1 a 0 parecia pouco para o jogo de volta no Monumental de Nuñez.
Quando o Vasco chegou a Buenos Aires, jogadores, a torcida e até o técnico do River Plate, Ramon Díaz demonstravam desprezo. Ramon declarou aos jornais locais que “o Vasco não era grande coisa”.
Sob um frio de 4 graus, 55 mil torcedores incentivavam o River, que começou pressionando. E o lateral Sorin marcou para os argentinos. No segundo tempo, o técnico Antônio Lopes colocou Juninho no lugar de Ramon. A 10 minutos do fim, Juninho cobrou com perfeição uma falta próxima à área. A bola fez curva e entrou de forma monumental no ângulo esquerdo do goleiro Burgos. O gol de empate garantia o Vasco na final. Era verdade, não era sonho não. O Vasco estava na finalíssima da Libertadores da América no ano de seu centenário.
De volta ao Rio, o Vasco investiu tudo na grande decisão. Lutou para realizar a primeira partida contra o Barcelona de Guaiaquil, do Equador, em São Januário, e não no Maracanã, colocando 34 mil ingressos à venda. Não sobrou nenhum. O técnico Antônio Lopes mudou o time: Vagner saiu do meio campo para a lateral direita e Juninho voltou a ser titular. Donizete abriu o caminho arriscando de longe, num golaço. Dez minutos depois, Luizão fez o segundo. O Vasco ainda chegou perto do terceiro gol, com Pedrinho acertando duas bolas na trave. A nau vascaína partia para Guaiaquil com a vantagem de poder perder por um gol de diferença.
Em Guaiaquil, de paz o Vasco não ouviu falar. Foi turbulenta a chegada, barulhenta a permanência, e um sufoco durante o jogo. Bola rolando, pedras, paus e garrafas voando da arquibancada para o gramado. De início, uma bola na trave de Carlos Germano e só. A partir daí, o Vasco controlou os nervos e calou os 80 mil equatorianos que acreditavam na vitória. Um lançamento de Juninho encontrou Luizão na entrada da área, ele dominou o zagueiro e ficou à frente do goleiro.
“O normal era ele sair, mas o cara não se mexeu. Esperei um pouco e dei uma bomba”, explicou Luizão depois. No finzinho do primeiro tempo, outra vez Juninho fez o passe perfeito, agora para Donizete, que se antecipou à zaga e chutou cruzado. O 2 a 0 já anunciava a conquista. Os equatorianos ainda fizeram um gol de cabeça, mas nem assustaram. O árbitro argentino Javier Castrilli tomou a bola das mãos de Carlos Germano e encerrou a Libertadores 98. O Brasil era campeão pela décima vez através do Vasco.
Com o gesto do juiz começaram as comemorações no Rio e por todo o Brasil. Ruas cheias, bares e restaurantes fervendo. Buzinaços. No dia seguinte, o time chegava para os braços da torcida. Aeroporto lotado, festa total. Num carro aberto dos Bombeiros, o Vasco desfilou pela cidade, passou pela sede do arqui-rival, numa alfinetada elegante. São Januário, feito pelo povo para o povo, abriu suas portas ao povo. Jogadores, torcedores, dirigentes, funcionários e quem mais chegou, festejando a grandiosa conquista vascaína.
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Que me desculpem os demais cariocas, mas EU VI meu time ser campeão da Libertadores. Vi ao vivo, sem precisar de vídeo no Youtube ou ouvir histórias dos idosos.
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Sds vascaínas a todos!
Mas dessa vez era diferente. A estrutura do Vasco estava mais sólida do que nunca e, em campo, o time sentia-se apoiado e seguro. O treinador Antônio Lopes ocupava o cargo há quase dois anos, a base vinha sendo mantida. E São Januário estava totalmente envolvido pela festa dos cem anos, pela emoção do centenário. O time, lembrado pelos gritos das arquibancadas, sabia das glórias que alcançaria se conquistasse a Taça.
A saga vascaína rumo ao título inédito começou no dia 4 de março. A torcida estava ansiosa. O time não fora bem no Torneio Rio-São Paulo; Luizão e Donizete ainda buscavam entrosamento no ataque, Juninho estava parado após a operação no púbis e o garoto Pedrinho ganhava a vaga de titular. Assim ficou difícil segurar o Grêmio no Estádio Olímpico. Guilherme fez 1 a 0 para os gaúchos.
Na semana seguinte, o Vasco embarcou para a temporada mexicana na Libertadores. No dia 17 de março, derrota para o Chivas Guadalajara por 1 a 0. Três dias depois, no Estádio Azteca, enfrentava o América, que saiu na frente. Mas Ramon fez o primeiro gol do Vasco na competição e salvou o time: 1 a 1. Um ponto em nove possíveis. Parecia ser mais uma daquelas campanhas decepcionantes. Mas, foi aí que surgiu a maior arma nessa cruzada: São Januário. A casa construída tijolo por tijolo, abriu os braços para abrigar o time ainda trôpego na Libertadores.
No dia 25 de março, 28 mil vascaínos lotaram o estádio. E começava uma rotina de festas: antes de o Vasco entrar em campo, um foguetório saudava o Gigante da Colina. Finalmente, a torcida viu que Edmundo, transferido para a Fiorentina, tinha substituto. E dois substitutos. Luizão e Donizete mostraram poder de fogo. O ex-jogador do La Coruña fez dois gols, e o Pantera Negra fez um: Vasco 3x0 Grêmio.
Abril, dia 3. O Vasco recebe o Guadalajara com São Januário de novo lotado. Luizão fez os dois gols da vitória que garantiu ao Vasco a classificação para a segunda fase. Com a vaga assegurada, o técnico Antônio Lopes quis poupar os titulares, já que o time também disputava o Estadual e a Copa do Brasil. No dia 9 de abril, o Vasco enfrentou o América só com dois titulares: Odvan e Felipe. Richardson fez o gol do empate de 1 a 1.
Vieram as oitavas de final, e, para enfrentar o então campeão Cruzeiro, Lopes foi buscar entre os juniores o companheiro improvisado para Mauro Galvão. Géder, de 19 anos, 1,82m. Outra vez deu certo. O Vasco venceu por 2 a 1 e foi para Belo Horizonte com mais tranqüilidade. Mas pouco antes da partida do dia 2 de maio surgiram problemas de última hora obrigando o técnico a armar o time para segurar o empate. No fim, um 0 a 0 que garantia o Vasco nas quartas de final. A partida marcou a volta de Juninho, depois de quatro meses parado.
O obstáculo seguinte era, de novo, o Grêmio, em Porto Alegre. O Vasco já não contava com Carlos Germano, que foi para a Copa do Mundo na França. O reserva Márcio contundiu-se e Caetano, terceiro goleiro, assumiu o gol vascaíno. Pedrinho marcou para o Vasco e Guilherme para o Grêmio. Depois do 1 a 1, o Vasco veio para São Januário precisando da vitória. Mais uma vez, entrou em cena o berço do futebol vascaíno: 30 mil torcedores presentes. Pedrinho marcou o gol histórico que levou o Vasco pela primeira vez às semifinais da Libertadores da América.
Durante a Copa do Mundo a taça foi paralisada. O intervalo de um mês e meio foi usado para uma preparação meticulosa. O primeiro duelo contra o River Plate, tricampeão argentino, foi em São Januário. No primeiro tempo, Donizete fez 1 a 0, mas, no segundo tempo, o River dominou. A torcida vascaína saiu calada. A vantagem de 1 a 0 parecia pouco para o jogo de volta no Monumental de Nuñez.
Quando o Vasco chegou a Buenos Aires, jogadores, a torcida e até o técnico do River Plate, Ramon Díaz demonstravam desprezo. Ramon declarou aos jornais locais que “o Vasco não era grande coisa”.
Sob um frio de 4 graus, 55 mil torcedores incentivavam o River, que começou pressionando. E o lateral Sorin marcou para os argentinos. No segundo tempo, o técnico Antônio Lopes colocou Juninho no lugar de Ramon. A 10 minutos do fim, Juninho cobrou com perfeição uma falta próxima à área. A bola fez curva e entrou de forma monumental no ângulo esquerdo do goleiro Burgos. O gol de empate garantia o Vasco na final. Era verdade, não era sonho não. O Vasco estava na finalíssima da Libertadores da América no ano de seu centenário.
De volta ao Rio, o Vasco investiu tudo na grande decisão. Lutou para realizar a primeira partida contra o Barcelona de Guaiaquil, do Equador, em São Januário, e não no Maracanã, colocando 34 mil ingressos à venda. Não sobrou nenhum. O técnico Antônio Lopes mudou o time: Vagner saiu do meio campo para a lateral direita e Juninho voltou a ser titular. Donizete abriu o caminho arriscando de longe, num golaço. Dez minutos depois, Luizão fez o segundo. O Vasco ainda chegou perto do terceiro gol, com Pedrinho acertando duas bolas na trave. A nau vascaína partia para Guaiaquil com a vantagem de poder perder por um gol de diferença.
Em Guaiaquil, de paz o Vasco não ouviu falar. Foi turbulenta a chegada, barulhenta a permanência, e um sufoco durante o jogo. Bola rolando, pedras, paus e garrafas voando da arquibancada para o gramado. De início, uma bola na trave de Carlos Germano e só. A partir daí, o Vasco controlou os nervos e calou os 80 mil equatorianos que acreditavam na vitória. Um lançamento de Juninho encontrou Luizão na entrada da área, ele dominou o zagueiro e ficou à frente do goleiro.
“O normal era ele sair, mas o cara não se mexeu. Esperei um pouco e dei uma bomba”, explicou Luizão depois. No finzinho do primeiro tempo, outra vez Juninho fez o passe perfeito, agora para Donizete, que se antecipou à zaga e chutou cruzado. O 2 a 0 já anunciava a conquista. Os equatorianos ainda fizeram um gol de cabeça, mas nem assustaram. O árbitro argentino Javier Castrilli tomou a bola das mãos de Carlos Germano e encerrou a Libertadores 98. O Brasil era campeão pela décima vez através do Vasco.
Com o gesto do juiz começaram as comemorações no Rio e por todo o Brasil. Ruas cheias, bares e restaurantes fervendo. Buzinaços. No dia seguinte, o time chegava para os braços da torcida. Aeroporto lotado, festa total. Num carro aberto dos Bombeiros, o Vasco desfilou pela cidade, passou pela sede do arqui-rival, numa alfinetada elegante. São Januário, feito pelo povo para o povo, abriu suas portas ao povo. Jogadores, torcedores, dirigentes, funcionários e quem mais chegou, festejando a grandiosa conquista vascaína.
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Que me desculpem os demais cariocas, mas EU VI meu time ser campeão da Libertadores. Vi ao vivo, sem precisar de vídeo no Youtube ou ouvir histórias dos idosos.
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Sds vascaínas a todos!
9 comentários:
Fala Diego! Em primeiro lugar, parabéns pelo blog! Não conhecia o espaço...
Encontrei graças ao SUPERVASCO! E prometo visitar com frequencia a partir de hoje!
Em segundo lugar, queria fazer o convite pra você conhecer o meu blog, que também é exclusivamente spobre o nosso Vascão!
Caso queira apagar essa mensagem por achar que eu estou fazendo propaganda, não tem problema! Eu entendo...
Bem, fica feito o convite, e também a proposta para estabelecermos alguma parceria entre os blogs! Afinal, não somos concorrentes, somos irmãos dentro da família cruzmaltina!
Sucesso pra você e seu blog!
E fica aí o endereço do meu:
www.apalavradoalmirante.blogspot.com
Saudações ..../+/....
Vinicius Gonçalves
Vou aqui fazer um comentário a parte, pois não tem nada a ver com o tema do post. Quando dizemos que a imprensa persegue, somos chamados de chatos, mas vejam isso. O programa redação SPORTV noticiou que Eurico teria expulsado hoje a esposa de Leandro Amaral, que em companhia do jogador teria ido ao clube. Como poderiam ter ido ao clube hoje se o time já está em São Paulo? Mais uma mentira plantada pra desestabilizar o grupo.
Ao companheiro Leandro bacalhau, peço que me mande um e mail. diego.louzada@hotmail.com
abraços.
Amigão Louzada, eu também VI meu time ser campeão da Libertadores, e por 2 vezes em 1976 e 1997, realmente é uma das maiores alegrias que um torcedor pode sentir.
Valeu.
Sds. Celestes
SITE/BLOG
Sou Cruzeirense-Site
Sou Cruzeirense-Blog
ENTREM E SINTAM-SE A VONTADE
Olá, parabezino o blog. Cheguei até aqui via A PAlavra do Almirante". Como é bom acessar um bom espaço vascaíno!
saudações
parabéns!
eu ainda verei isso...
Vasco 1 x 0 Corinthians. Perfeito taticamente, hein?? Uma belíssima partida de Leandro e Moraes. Ano passado o Vasco quase voltou do Pacaembú com 3 pontos na bagagem. Vitória da aplicação, merecida!! Muitos aqui em São Paulo disseram que o Vasco foi covarde!! Mentira, pois criou reais oportunidades de gol.
Abração e parabéns pela vitória!!
Passa lá no meu!!
Glorioso Alvinegro (www.glorisoalvinegro.blogger.com.br)
A Libertadores de 98 foi uma das melhores da minha vida. Disputadíssima, jogos incríveis, e bons times! E o Vasco ganhou, com muito merecimento. Parabéns!
Poxa, não cheguei a ver o Vasco ser Campeão da Libertadores, pois só tinha 8 anos...
Até fiquei sabendo na hora, mas não acompanhei a campanha...
Mas outras oportunidades virão!!!!
Saudações Cruzmaltinas!
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