segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O fundo do poço

* Caso alguém esteja estranhando a falta de textos, afirmo que ela não é casual. Não há nada mais a falar do que tudo que está aí embaixo. Ou melhor, há sim:
Dinamite, desapareça do Vasco. Você não tem mais apoio dos aliados, respeito e nem confiança dos atletas e funcionários. Está isolado em sua incompetência política e administrativa. Seu único esforço parece ser para afundar o Clube ainda mais. Peça para sair e vá ser o que você nunca foi, um bom deputado.
O título do texto pode parecer estranho para falarmos de um time que ocupa a 5ª colocação, após mais de um ano entre os 4 primeiros colocados. Porém, é exatamente neste lugar que se encontra o nosso amado Club de Regatas Vasco da Gama. Os próximos parágrafos serão uma análise detalhada de por que um time que há um ano era um dos melhores do país, hoje joga um futebol de candidato ao rebaixamento, sem nenhuma perspectiva de melhora no curto ou médio prazo.
Pra começar, vamos falar da diretoria. Roberto Dinamite é um cidadão inexperiente e despreparado para o cargo. Isso nós já sabíamos desde muito antes dele assumir a presidência. Para nossa sorte, ele trouxe Rodrigo Caetano no início de 2009 e ao menos o futebol caminhava decentemente. Os problemas de salários já estavam lá, as divisões de base sucateadas também, mas o melhor diretor do Brasil conseguia segurar as pontas e fazer o time render.
Quem teve a oportunidade de conhecer Rodrigo sabe de seu imenso carinho pelo Vasco. Nem isso foi capaz de segurá-lo no Clube, aturando todas as coisas erradas que aconteciam e continuam acontecendo. Sem ele, somos comandados por um bando de incompetentes, que não têm a mínima idéia do que estão fazendo ali. Não pagam salários, deixam faltar água, vêem um menino morrer fazendo teste no Clube e expõem um Gigante a vexames que parecem infinitos.
Mesmo com o bom trabalho de Rodrigo, o título da Copa do Brasil (e a ótima temporada de 2011) só veio graças ao bom trabalho de Ricardo Gomes e Cristóvão Borges. Eles foram responsáveis por construir um grupo unido, dedicado e identificado com Clube e torcida. Nem os constantes atrasos nos salários prejudicavam o rendimento dentro de campo.
Então veio a doença de Ricardo Gomes, a torcida demitiu Cristóvão Borges e veio Marcelo Oliveira. Nada contra ele, mas pra treinar um clube com tantos problemas como o Vasco, o cara tem que ser mais do que um montador de times, o que foram Ricardo e Cristóvão.
E os jogadores? Cabe dizer que mesmo nos melhores momentos do ano passado, nunca fomos brilhantes. Raramente goleávamos e vencíamos muito, mas sempre de forma dura e com muita vibração. Pequeno, o elenco era na conta do chá e sinceramente, alcançava resultados melhores do que poderíamos pensar com aqueles jogadores.
E o que acontece quando um time que vence apertado perde dois jogadores? Ele empata. E quando fica sem 4? Ele perde. É isso que acontece com o Vasco. Hoje nosso time é FRACO! Temos apenas 3 jogadores de alto nível: Juninho, Tenório e Dedé. E se pensarmos o futuro, veremos que seria melhor que o tempo parasse.
O Reizinho está na reta final da carreira. Em pouco tempo, ele não estará mais ali para nos salvar. Tenório é um guerreiro, um leão, mas tem sofrido com lesões e fica mais tempo fora do que dentro de campo. E Dedé? É um zagueiro do mais alto calibre e que justamente por isso, não ficará mais tempo sofrendo ao lado de jogadores medíocres, em um time que não brigará por título nenhum.
E então, o que fazer? Contratar? Seria a saída, mas...Se olharmos o histórico de contratações, o Vasco há muitos anos não contrata um jogador que seja cobiçado por outro clube, que seja desejado pelo mercado. Pegamos promessas de times pequenos ou atletas sem mercado, como Alecsandro. Que grande jogador quer atuar no Vasco? Quem se dispõe a trabalhar sem saber quando vai receber? Tendo duas propostas nas mãos, quem vai preferir trabalhar no Vasco ao invés de outro Clube, mesmo que sea um time menor? Ninguém!
Aí vem você e diz que temos que apostar na base. Corretíssimo, meu amigo, não fosse a situação que ela se encontra. Sem estrutura, sem uma rede decente de captação de atletas, sem nada que dê esperanças de que dali vá sair um grande jogador. Se pensarmos em Rômulo e Allan, veremos que eles chegaram ao Vasco já na fase final de formação. Marlone? Um ótimo menino, mas que nunca pegou seleção de base e não é capaz de justificar tanta esperança de uma torcida desesperada por soluções.
Faltam poucas rodadas, então o Vasco deve fechar o ano ali entre os 7 primeiros colocados. Pouco pra quem sonhou com o título, mas bom demais perto do que está por vir. Não há absolutamente NADA que dê esperança de um futuro melhor.
Compare a situação do Vasco com a de qualquer outro Clube. Nenhum combina tão perfeitamente má administração, time ruim, desgraça financeira e falta de divisão de base.
Sorte a minha que não vi mais aquele fiasco de ontem. Estava num show do Patati-Patatá, dois palhaços bem engraçados. Bem melhor do que na minha relação com este Clube que tanto amo, onde o palhaço sou eu e não há nenhum sorriso...
Sds vascaínas a todos!

2 comentários:

Patrick disse...

É preciso aproveitar os insucessos e com os erros de agora montar as estratégias para o ano que vem com um time forte competitivo e com jogadores que demonstre pelo menos raça e vontade de ganhar. É isso que eu espero. Um abraço!

Ruy Moura disse...

Caro Diego, à parte o mau carácter de Dinamite ao obrigar a trocar os jogos do Botafogo com medo de Seedorf - e que afinal sem Seedorf o Vasco 'dinamitou'- , lamento a situação do seu clube. As suas observações são corretíssimas e o futebol de um clube não vai a lado nenhum quando é dirigido por pessoas que nunca foram profissionais a sério na gestão de um clube.

Amar um clube e ver os dirigentes a afundá-lo é de uma enorme tristeza para os corações sofridos.

Dias melhores virão, mais cedo ou mais tarde.

Abraços Gloriosos!